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Publicado em: 13/08/2018

Paraguai interrompe transmissão vetorial domiciliar de doença de Chagas [1]

 
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OPAS/OMS

O Paraguai conseguiu interromper a transmissão vetorial do Trypanosoma cruzi em casa, o parasito causador da doença de Chagas, conforme comprovado na semana passada por um grupo de especialistas independentes internacionais convocados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Atualmente, 18 países da região, incluindo o Paraguai, chegaram a essa conquista em nível nacional ou em parte de seu território nacional, onde a doença é endêmica. Na Região das Américas, onde há 21 países endêmicos, estima-se que há cerca de 30 mil novos casos de Chagas a cada ano e 14 mil pessoas morrem em consequência dessa enfermidade. Além disso, mais de 70 milhões de pessoas vivem em áreas onde estão em risco de contrair a doença.

“Dadas as condições sociais e econômicas que o Paraguai vem enfrentando ao longo dos anos, o fato de o país ter conseguido eliminar uma das principais fontes de infecção é um grande exemplo para outros países que também lutam contra essa doença”, disse Luis Roberto Escoto, representante da OPAS no Paraguai. Ele também destacou os desafios que o país deve agora superar para manter a eliminação, incluindo vigilância epidemiológica e entomológica, bem como a necessidade de direcionar esforços para a eliminação da transmissão de mãe para filho, entre outros pontos.

A Missão de Avaliação Internacional da Situação Epidemiológica e de Controle de Chagas da OPAS constatou a interrupção da transmissão domiciliar de Trypanosoma cruzi por Triatoma infestans no distrito de Presidente Hayes, na área do Chaco, a última zona do país ainda afetada pela doença e uma das que apresentava mais dificuldades para o controle do vetor. Essa conquista permitiu que o Paraguai obtivesse a certificação de eliminação da transmissão vetorial domiciliar dessa doença.

“O Paraguai tem uma rica história de esforços contínuos ao longo de décadas, o que levou a resultados muito importantes”, disse Roberto Salvatella, assessor da OPAS e membro do comitê de avaliação de Chagas. “Como resultado, e graças ao progresso contínuo do país, uma avaliação internacional foi solicitada para certificar a interrupção da transmissão de Chagas por Triatominae (barbeiro)”.

O relatório da missão, entregue às autoridades de saúde paraguaias em 3 de agosto, reconheceu que os esforços de controle e prevenção da transmissão vetorial no país foram mantidos durante décadas. O relatório também destacou a capacidade do país de interromper a transmissão de vetores no Chaco; a importância da participação da comunidade na eliminação da transmissão; e o trabalho do Programa Nacional de Chagas no fornecimento de orientação, supervisão e avaliação para cada medida. O grupo de especialistas também enfatizou que ações, incluindo controle de vetores e vigilância, devem continuar para manter essa conquista.

Os especialistas ficaram particularmente satisfeitos em destacar os esforços feitos pelo país para prevenir a transmissão da doença em transfusões de sangue, por meio da triagem universal de doadores de sangue. Eles também enfatizaram o “papel pioneiro” do Paraguai para o tratamento oportuno e eficaz daqueles com Chagas congênita.

A região das Américas é a única onde há transmissão vetorial da doença de Chagas. Por isso, a OPAS historicamente tem liderado os processos de certificação para eliminar a transmissão vetorial dessa doença.

Chagas é uma doença potencialmente letal causada pelo microrganismo Trypanosoma cruzi. É transmitido aos seres humanos por insetos conhecidos como barbeiros, bem como por transfusões de sangue, transplantes de órgãos, consumo de alimentos contaminados e durante a gravidez e o parto.

Estima-se que, em longo prazo, até 30% das pessoas com doença crônica possam desenvolver complicações que, por sua vez, podem ter consequências graves e irreversíveis no sistema nervoso, no aparelho digestivo e no coração. No entanto, se Chagas for detectado precocemente e durante a sua fase inicial, pode ser curado ou melhorado. Durante a fase crônica, o tratamento pode frear ou retardar seu progresso.

Fonte: 

OPAS/OMS [4]
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