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Publicado em: 09/08/2019

Campanha de incentivo à amamentação reforça a importância das redes de apoio [1]

 
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Rafaela de Oliveira

Seis meses de aleitamento exclusivo e dois anos em conjunto com outros alimentos. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde, já que o leite materno supre todas as necessidades nutricionais das crianças. O aumento dos níveis quase universais de amamentação pode salvar mais de 800.000 vidas anualmente, especialmente crianças com menos de 6 meses de vida. Além disso, o aleitamento reduz o risco de câncer de mama e ovário, diabetes mellitus tipo 2 e doença cardíaca em mães que amamentam. Para que a mãe e o bebê tenham a oportunidade de estabelecer essa relação, é importante que existam redes de apoio. O assunto é tema central desse mês, o agosto dourado.

A Semana Mundial do Aleitamento Materno [4] deste ano, comemorada sempre de 1° a 7 de agosto, enfatiza que a amamentação melhora a saúde dos bebês em todo o mundo. Nesta semana, é celebrada a assinatura da Declaração de Innocenti [5], formulada no oitavo mês de 1990 por especialistas da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, com o intuito de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. Em 2019, as organizações e parceiros discutem políticas favoráveis ​​à família, permitindo a amamentação e ajudando os pais a cultivar o relacionamento com os filhos no início da vida. Dentre elas, isso inclui promulgar a licença-maternidade paga por um período mínimo de 18 semanas e a licença-paternidade paga para incentivar a responsabilidade compartilhada de cuidar em igualdade de condições.

A campanha defende que as mães também precisam ter acesso a um local de trabalho amigável e receptivo, para proteger e apoiar sua capacidade de continuar amamentando ao retornar ao trabalho, tendo acesso a intervalos para a atividade; um espaço seguro, privado e higiênico para retirar e armazenar o leite materno; e creches acessíveis. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) participa através da campanha “Agosto Dourado”. Além de ressaltar a atribuição da figura materna e da relevância do leite para o desenvolvimento da criança, a SBP quer incentivar a participação do pai no aleitamento. A intenção é estimulá-los a participar das consultas desde o período pré-natal, colaborando com a mulher em todo o processo de lactação. 

“Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!”. Esse é o slogan definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação [6] (WABA, sigla em inglês). De acordo com a rede internacional, adotar uma abordagem inclusiva, que contemple os pais, parceiros, famílias, locais de trabalho e comunidade, é fundamental para criar um ambiente propício e permitir às mães amamentarem de forma otimizada. “Existem muitas barreiras para a prática ideal da amamentação, sendo uma das maiores a falta de apoio aos pais, em especial no trabalho. O aleitamento materno é um esforço de equipe, que requer informação baseada em evidências científicas e uma cadeia calorosa de apoio. É preciso informar sobre a íntima relação entre a proteção social parental e a amamentação”, afirma o texto de apresentação da SMAM 2019, divulgado pela Waba.

Segundo a presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP, dra. Elsa Giugliani, esta edição norteará as iniciativas a promover o empoderamento dos pais, sem distinção de gênero, uma vez que a amamentação melhora significativamente quando há participação de todos. Além disso, a pediatra também debate a atuação dos médicos, técnicos e enfermeiros nisso. “Os profissionais de saúde têm papel relevante, pois são eles que acompanham os pais e filhos durante todo o processo. O pediatra, em especial, pode empoderar dialogando sobre vários aspectos do aleitamento materno, incluindo suas dúvidas, medos e crenças; dando informações atualizadas e embasadas em evidências; orientando com competência o maneja das eventuais dificuldades ao longo do processo da amamentação; e, sobretudo, escutando muito, elogiando quando pertinente, e respeitando as escolhas sem julgamentos”, afirma.

A OMS e a UNICEF recomendam que o aleitamento materno: 

  • Seja iniciado dentro de 1 hora após o nascimento;
  • Seja iniciado nos primeiros 6 meses de vida;
  • Seja continuado até os 2 anos de idade ou mais, com a introdução de alimentos complementares (sólidos) nutricionalmente adequados e seguros aos 6 meses.

“O benefício da licença-maternidade de 180 dias já é praticado no setor público e por algumas empresas privadas em nosso País. No entanto, é preciso ampliar o direito a todas as mães e, além disso, garantir a possibilidade de mais participação dos pais nesse processo, que atualmente têm apenas cinco dias para ficar com a família. A mulher deve receber todo apoio nesse momento, pois a amamentação servirá como base para o desenvolvimento adequado da criança”, conclui a dra. Elsa Giugliani.

Fotos/Ilustrações: 

Ministério da Saúde - Brasil / Fiocruz

Fonte: 

SBP [7]

Links relacionados: 

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Fiocruz [9]
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