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Publicado em: 21/01/2022

Opas pede aos países que priorizem testes rápidos para pessoas com sintomas de Covid-19

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Com o aumento das infecções por COVID-19 nas Américas e a demanda por testes de diagnóstico mais alta do que nunca, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu aos países que priorizem testes rápidos de antígeno para as pessoas com sintomas, que são as que correm maior risco de espalhar a doença.

Com 7,2 milhões de novos casos de COVID-19 notificados na região na última semana, os países devem “ampliar os testes em nível comunitário para aliviar a pressão sobre os hospitais, que estão trabalhando horas extras”, disse Etienne nesta quarta-feira (19) em uma coletiva de imprensa.

Os testes rápidos de antígenos, que oferecem um diagnóstico em apenas alguns minutos, não requerem equipamentos ou treinamento especializado, de modo que “podem ser implantados em unidades de atenção primária, onde podem atingir mais pessoas próximas de suas residências”, acrescentou a diretora da OPAS.

Dada a atual escassez de testes – um problema que continuará por algum tempo à medida que a ômicron se espalha rapidamente pela região – Etienne também pediu aos países que aconselhem às pessoas sem sintomas que foram expostas à COVID-19 a fazer quarentena quando possível e seguir as medidas de saúde pública.

“Para frear a propagação da COVID-19 serão necessárias todas as ferramentas do nosso arsenal: vacinas, distanciamento físico, máscaras bem ajustadas, evitar grandes reuniões e fazer testes”, disse.

A diretora da OPAS destacou o trabalho da organização para melhorar a capacidade dos laboratórios da região, de forma a responder aos patógenos emergentes antes mesmo da pandemia chegar à região. “Todos os países receberam treinamento, insumos e a capacidade para realizar testes de diagnóstico para COVID-19”, acrescentou.

A OPAS agora lidera uma rede de mais de 32 laboratórios nas Américas que permite aos países monitorar o vírus e detectar novas variantes “para que nossa região esteja preparada”.

Essa rede foi fundamental para detectar a chegada da ômicron em países como Guatemala, Honduras e República Dominicana, ajudando os governos a adaptar suas respostas a esta última onda.

Desde o início da pandemia, a OPAS já adquiriu mais de 42 milhões de testes RT-PCR molecular e testes rápidos de antígeno para 36 países, com recursos próprios e por meio do Fundo Estratégico da OPAS, mecanismo de compras conjuntas que oferece aos países da região a possibilidade de acesso a medicamentos e dispositivos médicos de qualidade a preços acessíveis.

A organização também enviou 10 milhões de diagnósticos de PCR e 2,8 milhões de testes rápidos de antígeno de seus estoques para países necessitados e estabeleceu acordos de longo prazo com dois fabricantes de testes de COVID-19 aprovados pela OMS, de modo a assegurar insumos destas ferramentas para a região por uma fração do preço.

“Os países podem e devem aproveitar esses acordos para comprar testes de diagnóstico por meio do nosso Fundo Estratégico”, destacou a diretora da OPAS. Quanto à situação da COVID-19 na região, Etienne disse que os Estados Unidos e o Canadá continuam com aumento de hospitalizações.

Na América do Sul, Paraguai, Uruguai e Argentina também estão experimentando um aumento nas hospitalizações e têm sido notificados picos de infecção na Colômbia, Peru, Brasil e Bolívia.

Na América Central, os casos dobraram no Panamá, Costa Rica e Honduras na última semana.

As ilhas do Caribe também registraram um aumento acentuado nas infecções, com casos dobrando em mais de 17 países e territórios.

Mais de 60% dos habitantes da América Latina e do Caribe têm seu calendário completo de vacinação contra SARS-CoV-2. “As vacinas nos protegem dos piores sintomas da COVID-19 e reduzem as chances de precisar de atendimento hospitalar”, disse a diretora da OPAS, pedindo às pessoas elegíveis e que ainda não se vacinaram que o façam o mais rápido possível.