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Publicado em: 27/04/2015

Tuberculose e Chikungunya são destaques da Memórias do IOC/Fiocruz

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Agência Fiocruz

A ameaça da chegada do vírus Chikungunya na Argentina, a presença de uma bactéria em carne de frango de marcas comerciais brasileiras, a matemática auxiliando a vacinação contra a febre amarela e o perfil de pacientes com tuberculose resistente a medicamentos são temas de destaque da edição de abril da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A publicação traz, ainda, artigos sobre leishmanioses, hepatite C, doença de Chagas e esquistossomose. Clique aqui para acessar gratuitamente a revista.

Bactéria Escherichia coli resistente a antibióticos encontrada em carne de frango

Naturalmente presente no intestino humano e de outros animais, a bactéria Escherichia coli pode estar associada a diversos problemas de saúde, como gastroenterite, apendicite, infecção urinária e até meningite. A infecção por E. coli pode ocorrer por meio do consumo de água não tratada, carne mal cozida ou alimentos não higienizados. Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro analisou a carcaça de 16 frangos, obtidas em mercados de varejo na cidade do Rio de Janeiro. Quatro marcas comerciais brasileiras foram analisadas, incluindo uma de produção orgânica e três que atuam em exportação, tendo sido encontrada uma grande variedade de bactérias E. coli resistentes nos produtos analisados. Leia aqui o artigo completo.

Estudo traça o perfil da tuberculose resistente a medicamentos

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, apenas em 2013, mais de 80 mil casos de tuberculose foram notificados no Brasil. Conhecer as características dos pacientes com a forma da doença resistente a medicamentos é essencial para desenvolver medidas terapêuticas e estabelecer políticas de controle do problema no país. Pesquisadores de diversos centros de pesquisa brasileiros descreveram aspectos sociais, demográficos, clínicos, epidemiológicos e bacteriológicos de indivíduos com tuberculose resistente. O estudo analisou 348 pacientes de um município de São Paulo e levou em consideração dados variados, como gênero, idade, escolaridade, privação de liberdade, uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas, além de aspectos clínicos. Os pesquisadores observaram que a maior parte dos pacientes com a variação resistente da tuberculose eram homens adultos em idade ativa com menos de oito anos de escolaridade, o que reforça o aspecto social da patologia. Os resultados também indicam que a forma resistente foi mais comum em indivíduos que já haviam recebido tratamento para a tuberculose anteriormente e em pacientes co-infectados pelo HIV. Os autores sugerem a necessidade de monitoramento sistemático de formas resistentes do da doença , além de ressaltar a importância da realização do diagnóstico no atendimento básico de saúde. Clique aqui para ter acesso ao artigo.

Pesquisadores argentinos alertam para a possibilidade de avanço do vírus Chikungunya

Isolado pela primeira vez na Tanzânia, em 1952, o vírus Chikungunya se espalhou pelo continente africano, asiático e subcontinente indiano, causando epidemias também na Europa, no norte da Itália e sudeste da França, em 2007. Foram registrados casos na Bolívia, Brasil e Paraguai, nações que fazem fronteira com a Argentina, o que causa preocupação de um possível avanço da doença no país. Artigo publicado por pesquisadores locais realizou uma avaliação da situação atual e do risco de transmissão do vírus no país, considerando aspectos climáticos, como as médias mensais de temperatura, e a distribuição do A. aegypti. A conclusão é que mais da metade do território argentino reúne condições para a transmissão do vírus. Acesse o estudo.

Matemática é aliada na vacinação contra febre amarela

Em 2009, o surto de febre amarela na região de Botucatu, em São Paulo, registrou 28 casos confirmados, incluindo 11 mortes. A situação levou a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo a vacinar um milhão de pessoas. Apesar de ser uma das mais antigas e seguras em uso atualmente, a vacina contra febre amarela comporta riscos, assim como qualquer outro imunizante. Pesquisadores de São Paulo e do Reino Unido desenvolveram um modelo matemático para calcular a proporção de pessoas que devem ser vacinadas em determinada localidade, buscando reduzir custos e minimizar a ocorrência de possíveis reações adversas. O modelo foi desenvolvido com o objetivo de calcular a proporção de pessoas que devem ser imunizadas em regiões ainda sem cobertura vacinal e levou em consideração os riscos associados à vacina e o potencial de surto doença na área. Os pesquisadores ressaltam que o trabalho, ainda não aplicado em situações reais, deve ser visto como uma proposta metodológica e não como uma política de intervenção de saúde pública. Acesse o artigo na íntegra.