De dezembro de 2019 para cá, a pandemia de Covid-19 deixou um rastro de mais de 500 milhões de infectados, mais de seis milhões de mortos, gerando a maior crise econômica, sanitária e social de nosso tempo. Para os sistemas nacionais de saúde, a pandemia, que trouxe dificuldades até então inimagináveis, também deixa grandes cicatrizes e muitos desafios que precisam ser superados o quanto antes.

A descontinuidade de programas e intervenções comunitárias e a interrupção da prestação de serviços essenciais de saúde, ocorrida em quase todos os países, causaram fortes impactos nos programas ambulatoriais, nos atendimentos de emergência e nas cirurgias eletivas, acrescentando novas preocupações às já existentes.

Também foram grandes as perdas e repercussões decorrentes da Covid-19 na força de trabalho em saúde: a morte de um grande contingente de trabalhadores e as alterações significativas de sua rotina pessoal e laboral causaram a exaustão e o sofrimento psíquico dos profissionais. O aumento expressivo da demanda foi acompanhado de dificuldades na reposição da força de trabalho devido aos efeitos quantitativos e qualitativos da pandemia sobre a formação dos trabalhadores da saúde.

A superação desses desafios e a retomada dos compromissos expressos na Agenda 2030, cujo alcance foi severamente afetado pela pandemia, implicam em grandes responsabilidades para as instituições, tendo em vista a importância de coordenação de respostas eficazes aos problemas e necessidades das populações.

Pensando nesse cenário, em que o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido considerado a melhor alternativa para a realização dos objetivos e metas da Agenda 2030 no mundo pós-Covid e a partir do sucesso alcançado com o Ciclo de Oficinas 'Os desafios da formação de técnicos de saúde no contexto da pandemia’, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), como Centro Colaborador da OPAS/OMS para a Educação de Técnicos em Saúde, realizou mais um ciclo de oficinas sobre a formação e o trabalho dos técnicos em saúde, buscando colocar em debate as seguintes questões:

• O que os países têm discutido a respeito da saúde no mundo pós-Covid?
• Como a formação e atuação dos técnicos em saúde pode auxiliar os países no alcance dos objetivos da Agenda 2030?
• Que papel vêm sendo atribuído à formação de técnicos no enfrentamento dos desafios da APS no contexto pós-pandêmico?
• Em que medida a formação e o trabalho dos técnicos em saúde podem se converter em alternativa estratégica de políticas públicas para os países, especialmente em regiões remotas e desatendidas?
• Que inovações podem ser introduzidas para a formação de técnicos mais qualificados para a atuação na APS?
• Quais os principais obstáculos para a valorização do trabalho técnico em saúde?

A iniciativa foi desenvolvida em cooperação com a RETS e suas duas sub-redes – a Rede IberoAmericana de Educação de Técnicos em Saúde (RIETS) e a Rede de Escolas Técnicas de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RETS-CPLP) –, bem como contou com apoio do Programa Sub-regional da Opas/OMS para a América do Sul e do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris/Fiocruz).

A transmissão dos eventos via YouTube, em português e espanhol, ficou sob responsabilidade da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Todos os eventos estão disponíveis na internet.

17/05/2022 - Oficina 1 - ‘APS, a agenda 2030 e a formação e trabalho dos técnicos em saúde’

• Vídeos do evento: português e espanhol
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12/07/2022 - Oficina 2 - ‘Interculturalidade e a formação de técnicos em Saúde’

• Vídeos do evento: português e espanhol
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13/09/2022 - Oficina 3 - ‘Saúde mental e a formação de técnicos em saúde’

• Vídeos do evento: português e espanhol
• Sobre a oficina

16/12/2022 - Oficina 4 - ‘Informação e registros em saúde: o papel dos técnicos’

• Vídeos do evento: português e espanhol
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