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Publicado em: 16/07/2025

Brasil doa 600 mil doses de vacina contra sarampo para a Bolívia, com apoio da OPAS

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Em uma ação facilitada pelo Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Brasil doou para a Bolívia 600 mil doses de vacinas contra sarampo. Metade delas eram do imunizante tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e as outras 300 mil eram do dupla viral (sarampo e rubéola).

Com esse novo lote, o governo boliviano iniciou sua segunda fase de vacinação em massa, destinada a proteger mais de meio milhão de crianças e adolescentes entre 1 e 14 anos.

A entrega foi realizada no último sábado (12/07), em Corumbá, no estado brasileiro de Rondônia, que faz fronteira com Puerto Suárez, no departamento boliviano de Santa Cruz.

A ação coordenada envolveu o Ministério da Saúde do Brasil, o Ministério da Saúde e Esportes da Bolívia, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores e a OPAS.

Essa iniciativa se soma a outras medidas para prevenir a reintrodução do sarampo endêmico nos países das Américas. O Ministério da Saúde do Brasil, por exemplo, tem intensificado a vacinação nas fronteiras, em conjunto com as autoridades estaduais e municipais de saúde, inclusive com base na estratégia de microplanejamento de atividades de vacinação de alta qualidade. Como parte dessa estratégia, o Acre é o primeiro estado brasileiro a realizar o Dia D de vacinação, na terça-feira, 15 de Junho.

 

Desde novembro de 2024, as Américas mantêm o status de livre da transmissão endêmica do sarampo – a única região no mundo a alcançar esse feito. Mas essa conquista pode ser ameaçada casos os países não consigam manter uma cobertura vacinal de 95% com duas doses da vacina contra o sarampo.

De acordo com a mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde, as Américas registraram 7.132 casos confirmados de sarampo e 13 mortes pela doença de janeiro a meados de junho deste ano. Esses surtos tiveram origem em casos importados de outros países dentro e fora da região. As faixas etárias mais afetadas são crianças menores de 5 anos e adolescentes entre 10 e 19 anos.

Para proteger essa e outras populações, a OPAS tem prestado cooperação técnica a países das Américas para intensificar a vacinação, fortalecer a vigilância epidemiológica, capacitar trabalhadores de saúde e atuar junto às comunidades para garantir a detecção oportuna e uma resposta eficaz.