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Publicado em: 09/08/2013

Diálogo Regional: experiência comparada em cinco países sobre sistemas de informação de profissionais da saúde

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Do dia 20 a 31 de agosto acontece o "Diálogo Virtual: experiência comparada em cinco países sobre sistemas de informação de profissionais de saúde", promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), através de seu Projecto de Recursos Humanos para a Saúde.

O debate tem o propósito de contribuir para a reforma dos processos de planejamento e regulação das residências médicas para atender as necessidades da cobertura universal e Atenção Primária à Saúde. A sessão inaugural ocorre no dia 20 de agosto, às 10h (horário de Washington DC), para participar acesse o site do Observatório Regional.

Antecedentes

A implementação de novos modelos de atenção, a introdução de novas tecnologias e a mudança do perfil epidemiológico, tem um impacto direto sobre as necessidades de pessoal pelos sistemas de saúde. Isso também cria a necessidade de acesso a informações precisas por parte das autoridades, que lhes permitam desenvolver políticas, planos e estratégias que respondam às necessidades do país, tomando medidas oportunas e eficazes.

No entanto, muitos dos países da Região mostram fragmentação da informação sobre o pessoal da saúde, dispersão de responsabilidades entre os órgãos públicos, escassez de recursos humanos e falta de infraestrutura. Esta realidade limita a capacidade de obter e analisar os dados sobre a força de trabalho. Além disso, mesmo nos casos em que encontramos dados suficientes, a sua aplicação ma elaboração de políticas públicas, se vê limitada, em muitos casos, devido à ausência de indicadores básicos de trabalhadores de saúde e a problemas de definição relacionados com as classificações das ocupações.

Tendo em conta que nenhum dado pode, por si só, revelar toda a complexidade das questões relacionadas com os recursos humanos em saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu várias fontes de informações básicas sobre as dimensões, as características e a dinâmica de profissionais de saúde. Estas fontes incluem:

  • Documentos administrativos (dos ministérios da saúde, educação e imigração, por exemplo, e registros das associações profissionais e os organismos de regulamentação da saúde)
  • Pesquisas em estabelecimento da saúde;
  • Pesquisas de população ativa e outras pesquisas domiciliares;
  • Censos nacionais de população e habitação.

Embora essas fontes possam ser de grande utilidade, a OMS também adverte que se deve levar em conta as limitações de cada uma delas e sugere a busca de estratégias alternativas quando for necessário. Assim, convida os países a desenvolverem sistemas específicos que garantam a obtenção, recolha e processamento regular de informação sobre o profissional de saúde e as instituições em que se formado.

Neste contexto, em outubro de 2011, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), organizou em Brasília uma oficina de RHS Sistemas de Informação, em que se conseguiu visualizar diversas experiências bem sucedidas de Sistemas de Informação implementadas em alguns países. Entre elas, se destacaram os Sistemas Nacionais de Registro de Profissionais sistemas de registro.

Após esta reunião, a Opas solicitou ao Dr. José Concha, acadêmico da Escola de Saúde Pública da Universidade de Chile, a realização de uma "Revisão sobre Sistemas Nacionais de Registro Profissionais", a fim de conhecer a situação que caracteriza os sistemas de informação sobre profissionais de saúde em países distintos da Região das Américas e analisar o desenvolvimento e implementação de sistemas de registros públicos, através da recolha e estudo de informação oficial e as análises das normas vigemtes. Esta busca conseguiu pesquisar sete casos em nossa região: Argentina, Chile, Cuba, Colômbia, Nicarágua, Paraguai e Uruguai.

Em novembro de 2012, se reuniu em Montevidéu, no Uruguai, um grupo de peritos dos países considerados no estudo, para discutir as suas conclusões e fazer sugestões.

O trabalho que será exibido neste diálogo on-line, recolhe esse debate e levanta que a construção de sistemas de informação requer a existência de regras e normas mínimas ou básicas para a elaboração de políticas públicas de informação sobre recursos humanos em saúde; o desenvolvimento e fortalecimento de uma institucionalidade que dê confiança e validade às fontes de dados, gestão e usos da informação produzida; e,a disponibilidade de recursos financeiros e tecnológicos permanentes e adequados para criar e manter os sistemas como bens públicos de acesso universal.

Esperamos que este diálogo e o posterior fórum virtual, permitam seguir enriquecendo as experiências sobre os sistemas de registros de profissionais da saúde e possa ser uma contribuição para outros países e partes interessadas.

A apresentação da sessão inicial de diálogo virtual será comentada pelo Dr. Mario Dal Poz, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e ex-coordenador de Recursos Humanos da Organização Mundial de Saúde e Dr. Gustavo Nigenda, acadêmico do Instituto de Saúde Pública de Cuernavaca e professor visitante da Universidade de Harvard.

Propósito:

  • Contribuir para a reforma dos processos de planejamento e regulação das residências médicas para atender as necessidades da Cobertura Universal e Atenção Primária à Saúde

Objetivos:

  • Apresentar os avanços alcançados nos últimos dois anos em relação ao planejamento e regulação dos espaços de residência médica em cada país e no desenvolvimento de novas políticas sobre formação e emprego de especialistas.
  • Identificar programas especiais de formação e de emprego de especialistas para cobrir a atenção em zonas rurais e urbano-marginais.
  • Discutir sobre medidas e / ou políticas de incentivos adotadas para reforçar a formação e o emprego de especialistas ligados à atenção primária.
  • Apresentar os níveis de debates e acordos alcançados com as sociedades de especialidades e as escolas médicas para avançar nos problemas mais relevantes da formação e do emprego dos especialistas.

Metodologia:

  • O diálogo será composto de duas etapas:
  • Uma síncrona através de uma sessão via Blackboard, onde todos podem se expressar verbalmente, que vai durar por duas horas aproximadamente
  • Outra assíncrona, com duração de uma semana, onde os participantes podem se comunicar, por escrito, seguindo o tema do debate.
  • Antes de começar, estarão publicados no portal do Observatório um documento de análises e experiências que tem sido identificado nos países.
  • Depois do tempo síncrono se abre o fórum assíncrono, onde todos poderão participar do debate escrito, contar o progresso de suas entidades, fazer perguntas, expressar as suas opiniões e dúvidas, dar sugestões e recomendações para unir forças.
  • Produto do fórum se espera obter uma história que será publicada no próprio portal do Observatório para a disposição de todos os interessados.

Data de Realização:

  • O diálogo começará na terça-feira, 20 de agosto, às 10 horas, horário de Washington DC, no site do Observatório de Recursos Humanos em Saúde.
  • Depois de entrar no portal, o participante deve ir para ao "Diálogos online", onde encontrará a apresentação do dia e algumas bibliografias de referência.
  • No mesmo espaço, encontrará uma sala virtual Blackboard onde deverá acessar no dia 20 às 10 horas para a reunião síncrona.

Agenda inaugural: Terça, 20 de agosto de 2013 (Horário WDC)

10:00 am - Palavras de boas-vindas: Dr. Charles Godue
10:10 am - Introdução ao tema e explicação da dinâmica: Sr. Hernán Sepúlveda
10:15 am - Apresentação do estudo nos cinco países selecionados: Dr. José Concha
10:45 am - Comentários e contribuições de Dr. Mario Dal Poz
11:00 am - Comentários e contribuições do Dr. Gustavo Nigenda
11:15 am - Perguntas e debate
12:00 am - Encerramento do diálogo síncrono e início do fórum virtual

Confirme aqui a hora de acordo com o fuso horário de seu país.

Texto reproduzido do Observatório Regional de Recursos Humanos em Saúde.