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Publicado em: 19/06/2015

Fiocruz: Curso técnico de Agente Comunitário Indígena está entre as 25 melhores iniciativas de Inovação Social na Saúde

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A profissionalização dos agentes comunitários indígenas de saúde levou a Fundação Oswaldo Cruz a ser selecionada entre as 25 melhores iniciativas de inovação social na saúde. No final do ano, as soluções serão compiladas na publicação ‘Inovação Social em Saúde’, da Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa selecionada é o Curso Técnico de Agente Comunitário Indígena de Saúde, coordenado pela Escola Politécnica  de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), a Secretaria Estadual de Educação e Controle da Qualidade da Educação do Estado do Amazonas (SEDUC/AM)  e a Fiocruz Amazonas, que promoveu a educação formal e profissionalização em saúde dos agentes comunitários indígenas, capacitando-os a desempenhar um papel importante na Atenção Primária em Saúde e controle social.

O processo educativo incluiu a sistematização de informações sociais, culturais e territoriais para servir de base para a construção de protocolos adaptados de cuidado e com a organização da saúde na promoção e prevenção de doenças; e a prestação de outros instrumentos, essenciais para atender às necessidades das comunidades locais. Durante todo o processo, os agentes aprenderam técnicas de triagem para a malária, a tuberculose e outras doenças infecciosas, e implementaram protocolos gerais de cuidados de saúde para as mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos de idade. O curso foi concluído em abril de 2015 e formou 139 agentes comunitários indígenas de saúde, na região do Alto Rio Negro, no Amazonas, que participaram de cinco módulos de aulas e práticas profissionais, completando 1440 horas de formação.

Apesar dos esforços governamentais, comunidades indígenas no Brasil têm acesso irregular aos serviços de saúde e aos profissionais. Na região do Alto Rio Negro, cerca de 250 agentes comunitários indígenas de Saúde são os únicos profissionais de saúde que assistem às comunidades indígenas. Os agentes fazem esse trabalho com pouca orientação técnica, apoio financeiro ou de supervisão. Consequentemente, as comunidades indígenas da região sofrem com problemas de saúde, incluindo os efeitos debilitantes de doenças infecciosas, como as infecções respiratórias, diarreia e malária.

Conheça a iniciativa

O projeto convidou pessoas e organizações de diversos países e setores que implementaram soluções inovadoras para promover uma melhor qualidade de vida às pessoas afetadas por doenças tropicais negligenciadas e infecciosas, como a tuberculose e a malária. A chamada atraiu 179 inscrições provenientes de 48 países diferentes. A iniciativa é uma colaboração da Universidade da Cidade do Cabo e da Universidade de Oxford, com apoio técnico e financeiro do Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Inovações sociais na África, Ásia e América Latina e Central foram selecionadas para pesquisa, exposição e suporte como parte de uma nova iniciativa de explorar diferentes maneiras de lidar com doenças infecciosas da pobreza.
 
 Saiba mais:

Acesse o site da Iniciativa

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