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Publicado em: 03/03/2020

OMS alerta que perda de audição pode afetar mais de 900 milhões até 2050

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Em todo o mundo, 466 milhões de pessoas sofrem de perda auditiva com marcas de invalidez. Deste total, 34 milhões são crianças. Adolescentes e jovens entre 12 e 35 anos são os mais afetados por alta exposição a ruídos, celulares, ambientes recreativos, shows etc. Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, este quadro pode piorar até 2050, quando mais de 900 milhões de pessoas deverão registrar perda de audição nesse mesmo nível. O alerta foi feito neste 3 de março, Dia Mundial da Audição.

Perda Auditiva

A agência destaca dentre os motivos da perda auditiva estão causas genéticas, complicações no nascimento, certas doenças infecciosas, infecções crônicas do ouvido, uso de medicamentos específicos, exposição a ruído excessivo e envelhecimento.

A Organização Mundial da Saúde observa ainda que 60% da perda auditiva infantil ocorre por causas evitáveis. Cerca de 1,1 bilhão de jovens com idades entre 12 e 35 anos correm risco de sofrerem perda de audição devido à exposição a ruídos nos telefones, em ambientes recreativos, em shows etc.

Tema

Este ano, o tema escolhido pela OMS para a data é Audição para a vida - Não deixe que a perda auditiva o limite. A meta é destacar que intervenções oportunas e eficazes podem garantir que as pessoas com perda auditiva possam atingir todo o seu potencial.

A agência enfatiza que para quem enfrenta o problema, intervenções apropriadas e oportunas podem facilitar o acesso à educação, emprego e comunicação. Além disso, a OMS defende que intervenção precoce deve ser disponibilizada através dos sistemas de saúde.

Dados

A perda auditiva incapacitante refere-se à perda auditiva superior a 40 decibéis, dB, no ouvido com a melhor capacidade de audição em adultos e a uma perda auditiva superior a 30 dB no melhor ouvido das crianças. A maioria das pessoas com deficiência auditiva mora em países de baixa e média rendas.

Aproximadamente um terço das pessoas com mais de 65 anos de idade são afetadas pela perda auditiva incapacitante. Dados da OMS indicam que a prevalência do problema nessa faixa etária é maior no sul da Ásia, Ásia-Pacífico e África Subsaariana.

Custos

A agência da ONU estima que a perda auditiva não corrigida representa um custo global anual de US$ 750 bilhões. Isso inclui os custos do setor de saúde, excluindo os gastos com aparelhos auditivos, os custos de suporte educacional, a perda de produtividade e os custos da sociedade.

As estimativas atuais sugerem que existe uma lacuna de 83% na necessidade e uso do aparelho auditivo, ou seja, apenas 17% daqueles que poderiam se beneficiar do uso de um aparelho deste tipo realmente o usam.