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Publicado em: 22/02/2016

Opas informou sobre ações contra a Zika no Conselho Permanente da OEA

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Opas/OMS

O Assistente do Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde da Opas, Dr. Francisco Becerra, informou sobre as ações que a organização está tomando em relação ao surto do vírus Zika ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos.

Becerra disse que "é necessária a ação de governos, empresas, indivíduos, famílias e comunidades. Precisamos mobilizar para eliminar criadouros do mosquito em todos os cantos onde eles podem estar. A Opas está plenamente empenhada em apoiar os países para assegurar a implementação rápida e eficaz destas recomendações."

Dr. Marcos Espinal, diretor de Doenças Contagiosas e Análise de Saúde da Opas, disse que a estratégia da organização é apoiar os países para detectar precocemente os casos, preveni-los por meio do controle do mosquito vetor da doença e ajudar aos países a fornecer tratamento e apoio em pessoas afetadas.

"Sabemos que a Zika, como a Dengue, Chikungunya e a febre amarela, são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Prevenir picadas de mosquitos e reduzir suas populações são as medidas de controle mais eficazes", disse ele. Surtos de dengue e Chikungunya, que são transmitidas pelo mesmo mosquito, continuam em muitos países. Espinal disse que mais de 2,3 milhões de casos de dengue e 600.000 casos de chikungunya foram notificados nas Américas em 2015.

O Zika vírus, que é transmitido por mosquitos e é novo na região, espalhou-se rapidamente uma vez que a população não tinha sido previamente exposta e não tem imunidade ao vírus. Desde que o Brasil relatou os primeiros casos de transmissão local do vírus em maio de 2015, a transmissão natural está sendo relatada em 28 países e territórios nas Américas. A maioria dos casos tem sintomas muito leves e, às vezes, as pessoas infectadas não apresentam sintomas, disse Espinal. No entanto, a maior preocupação vem da possibilidade de que este vírus esteja associado a casos de malformações congênitas, como a microcefalia e complicações neurológicas, como a Síndrome de Guillain-Barré.

"Temos que esperar que a ciência confirme a existência de uma relação causal entre a zika e casos de microcefalia", disse Espinal. Ele observou que, enquanto isso, prossegue o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, tratamentos e diagnósticos para a zika.

Os países do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) saudaram a apresentação da Opas e alguns delinearam as medidas que tomarão contra o surto do Zika vírus.