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Publicado em: 22/12/2022

OMS divulga recomendações para calendário de vacinação contra HPV

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ONU News

 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou um novo estudo atualizando suas recomendações para a imunização contra o papilomavírus humano, HPV. Segundo a pesquisa, o calendário com uma dose única, até então considerada uma alternativa, pode ser tão eficaz e oferecer proteção durável como o regime de duas doses.

Cerca de 3,5 milhões a mais de meninas desprotegidas em 2021

A recomendação para a dose única havia sido feita pela OMS em abril, após a conclusão de um grupo de especialistas independentes, Sage, sobre o tema.

A revisão da OMS para um regime de dose única surge num momento de preocupação da agência da ONU com a queda no número de pessoas vacinadas entre 2019 e 2021, em todo o globo. Nesse espaço de tempo, a quantidade da primeira dose baixou de 25% para 15%. Ou seja, 3,5 milhões a mais de meninas ficaram desprotegidas da imunização no ano passado.

A nova recomendação deve servir para melhorar o acesso à vacina dando aos países a oportunidade de expandir o número de meninas que podem ser vacinadas aliviando o fardo de uma série de doses, que acabam saindo mais caro para os sistemas de saúde.

Intervalo de seis meses entre as doses

É fundamental que os países fortaleçam os programas de vacinação contra o HPV, e apressem a implementação do calendário de doses para reverter qualquer queda na cobertura.

O papiloma vírus é uma das maiores causas do câncer do colo do útero. A recomendação da OMS é oferecer uma dose ou um regime de duas a meninas de 9 a 14 anos. Já mulheres adolescentes e jovens de 15 a 20 anos podem tomar uma ou duas doses dependendo do programa.

Mulheres de 21 anos ou mais devem tomar duas doses com um intervalo de seis meses.

A vacinação é uma prioridade para pessoas com a imunidade comprometida ou vivendo com HIV, o vírus que causa a Aids. Esses pacientes devem contar com um mínimo de duas doses e quando possível três.

 

Mulheres mais velhas e meninos

O público-alvo das campanhas de vacinação contra o HPV são meninas de 9 a 14 anos que ainda não começaram a vida sexual. A imunização em alvos secundários como meninos ou mulheres mais velhas é recomendável quando seja disponível e acessível.

O câncer do colo do útero é o quarto mais comum em mulheres, e mais de 95% dos casos resultam do HPV, transmitido sexualmente.

Evitar o câncer atráves de programas de vacina mais eficientes é um passo fundamental para se prevenir de mortes e doenças desnecessárias.

 

Saiba mais sobre a campanha contra o HPV nas Américas:

https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero