A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou seus relatórios anuais por país de 2024, que reúnem os principais resultados da cooperação técnica alcançados em colaboração com os governos e parceiros estratégicos das Américas. Esses documentos destacam resultados concretos, histórias inspiradoras do terreno e o impacto de uma cooperação técnica adaptada às necessidades de cada nação.

“Esses relatórios destacam nossa colaboração com os Estados Membros para enfrentar os desafios comuns e promover o acesso equitativo à saúde”, afirmou o Dr. Jarbas Barbosa, Diretor da OPAS. “A Organização está comprometida com uma cooperação técnica impactante, transformadora e centrada nos países, adaptada às suas prioridades, necessidades e capacidades ao abordar os riscos à saúde e fortalecer os sistemas de saúde”, acrescentou.

Em 2024, os países da região alcançaram avanços importantes em áreas-chave: a eliminação de doenças, a melhoria da atenção às doenças não transmissíveis (DNT), por meio da aceleração de serviços integrais na atenção primária; o acesso oportuno e transparente a suprimentos médicos de qualidade acessíveis por meio dos Fundos Rotativos Regionais, a aceleração da transformação digital na saúde e a redução da mortalidade materna sob a iniciativa Zero Mortes Maternas.

Realizações notáveis na região

• Argentina, com o apoio da OPAS, avançou em um projeto de transferência de tecnologia de vacinas de mRNA, o que fortalecerá a soberania sanitária regional e facilitará o acesso regional às vacinas por meio do Fundo Rotatório.

• Antigua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, São Cristóvão e Neves, e São Vicente y as Granadinas avançaram na integração da saúde mental na atenção primária por meio de uma abordagem multissetorial.

• Belice, Jamaica e São Vicente  e as Granadinas receberam a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por terem eliminado a transmissão maternoinfantil do HIV e da sífilis.

• Brasil alcançou marcos históricos ao receber a certificação pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública, certificar três estados e 60 municípios pela eliminação da transmissão maternoinfantil do HIV, da sífilis e/ou da hepatite B, e ser recertificado como livre de sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita, marcando também a recuperação desse status para toda a região das Américas..

• Honduras conseguiu uma redução histórica de mais de 27% na mortalidade materna em oito regiões prioritárias, graças a uma abordagem integral e contínua dos serviços, que fortaleceu a resposta a emergências obstétricas e permitiu salvar vidas..

• México fortaleceu o primeiro nível de atendimento para lidar com doenças não transmissíveis com a expansão da estratégia HEARTS para nove estados e unidades do Instituto Mexicano do Seguro Social, combinando protocolos clínicos padronizados com treinamento especializado para o tratamento da hipertensão e do diabetes.

Um reflexo de compromisso e ação

Esses relatórios, assim como o Relatório Anual 2024 da OPAS: Avançar na saúde para promover a segurança regional, apresentado em maio, mostram como as estratégias regionais se traduzem em resultados concretos em nível local. Da vigilância epidemiológica à produção de vacinas, a OPAS trabalha para construir sistemas de saúde mais equitativos e resilientes, capazes de responder às necessidades de saúde da população, a emergências e desastres.

Os relatórios não são apenas uma ferramenta de prestação de contas, mas também um chamado à ação para impulsionar o diálogo, mobilizar recursos e evidenciar o impacto da colaboração entre governos, organismos multilaterais, organizações da sociedade civil e outros atores-chave.

Com 27 escritórios na região, dois centros especializados e presença em 35 Estados Membros e quatro Membros Associados, a OPAS — fundada em 1902 — é a agência internacional de saúde pública mais antiga do mundo. É o órgão especializado em saúde do Sistema Interamericano (OEA) e, desde 1949, atua também como Escritório Regional da OMS para as Américas..