OPAS/OMS insta Estados-Membros a transformar educação em enfermagem nas Américas
Nesta quinta-feira (12/5), aniversário de nascimento de Florence Nightingale, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) celebra o Dia Internacional de Enfermagem instando seus Estados-Membros a transformar a educação em enfermagem como parte de seus esforços para avançar na saúde universal. “Enfermeiras e enfermeiros são fundamentais para os sistemas de saúde, fornecendo a grande maioria dos serviços. No entanto, nossa região está enfrentando uma grave escassez de profissionais e nós não estamos tirando proveito da força de trabalho de enfermagem que temos”, afirmou a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne.
“Precisamos aumentar o número de enfermeiros, mas também melhorar a educação e o exercício da profissão para que eles possam desenvolver e utilizar plenamente suas habilidades, conhecimentos e experiência.”, acrescentou.
Esses profissionais são responsáveis por 60% a 89% da força de trabalho de saúde e entregam até 90% de todos os serviços de saúde. Eles estão na linha de frente do fornecimento de promoção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação nas áreas mais bem-estruturadas e nas carentes.
Hoje em dia, a maior parte dos profissionais de enfermagem da América Latina e do Caribe é licenciada ou titulada (em programas de graduação de quatro anos) ou auxiliar e técnica em enfermagem (cursos técnicos de menor duração). Os que obtêm o título de mestrado geralmente dão aulas ou estão em cargos gerenciais e não nos serviços de atenção clínica. Apenas 10 países desta região oferecem cursos de doutorado para profissionais da área, dos quais três quartos estão concentrados no Brasil.
A OPAS/OMS e outras instituições que promovem o fortalecimento dos profissionais de enfermagem defendem que os dois caminhos devem se complementar, com alternativas que ampliem o alcance das certificações e o exercício profissional da enfermagem e que também permitam aos sistemas de saúde aproveitar melhor suas habilidades, conhecimentos e experiências.
Para avançar de maneira bem-sucedida nesse objetivo, a OPAS/OMS insta os governos dos Estados-Membros das Américas a transformar a educação e a prática da enfermagem em seus países por meio de medidas como:
• Atualizar os programas de estudos para abordar melhor as necessidades da atenção básica de saúde da população;
• Incorporar a educação interprofissional aos programas de estudos de enfermagem e dar ênfase à atenção básica de saúde;
• Adotar programas de enfermagem de prática avançada e dar-lhes função chave nos serviços de atenção básica de saúde;
• Promover estudos de educação superior e pós-graduação para os profissionais da área; e
• Oferecer oportunidades de educação contínua para enfermeiros.
Especialistas acreditam que estas mudanças podem ajudar a reverter a escassez de enfermeiros como prestadores de serviços à atenção de saúde, fortalecer a profissão e acelerar o progresso para a saúde universal por meio do aumento da relação custo-benefício, eficiência e a qualidade dos serviços de saúde.
Atualmente, a OPAS/OMS está trabalhando com seus Estados-Membros para promover estas e outras mudanças com o objetivo de fortalecer os profissionais do setor de saúde em geral e, particularmente, de enfermagem. Como parte de uma cooperação técnica nesta área, a organização facilita parcerias entre países, dedicadas ao desenvolvimento de competências dos docentes de enfermagem, e apoia o desenvolvimento de habilidades para a formação de profissionais.
Apresentações
A OPAS/OMS promoverá, das 15h às 18h (horário de Brasília) desta quinta-feira (12), apresentações sobre os avanços de enfermagem na educação e como sua transformação pode fortalecer o trabalho nessa área. Com o tema “Transformando e ampliando a educação em enfermagem na Região das Américas para a saúde universal”, o evento contará com transmissão em português, inglês e espanhol. Para participar, basta acessar os links:
Português - https://goo.gl/zHqCp0
Inglês - https://goo.gl/Voamgx
Espanhol - https://goo.gl/K3RzVB