Para chefe da ONU, Acordo de Paris é um ‘seguro de vida para o planeta’
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, descreveu o novo acordo climático adotado pelas 195 partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) como “uma escolha histórica” da comunidade internacional por um futuro mais seguro e sustentável. Nesta segunda-feira (14), ao retornar de Paris, após as duas semanas de negociação da COP21, o chefe da ONU disse que conta com os líderes mundiais e todos os setores das sociedades para que transformem os compromissos assumidos em ações decisivas.
De acordo com Ban Ki-moon, os países do mundo “escolheram unanimemente trabalhar como um só para se colocar à altura do desafio que define a nossa época (as mudanças climáticas). O Acordo de Paris é uma vitória para os povos, para o bem comum e para o multilateralismo”. O secretário-geral definiu o novo acordo como uma “política de plano de saúde para o planeta”, que reafirma a missão da ONU, expressa na Carta da Organização, de salvar as gerações futuras.
O novo acordo engloba todas as áreas identificadas como cruciais ao longo da COP21: a mitigação, que envolve a redução das emissões de forma suficientemente rápida para atingir a meta de temperatura; um sistema global de transparência e monitoramento, que deverá determinar a responsabilização pelas mudanças climáticas; a adaptação, que permitirá fortalecer as habilidades dos países para lidar com os impactos do clima; o princípio de perdas e danos, que consolidará as habilidades de recuperação das nações após fenômenos climáticos; e o apoio necessário, incluindo financiamento, para que os países construam futuros resilientes e limpos.
Para o secretário-geral, o acordo incorpora uma nova abordagem da cooperação global para o combate às mudanças climáticas. Segundo o chefe da ONU, os Estados-membros reconheceram que os interesses nacionais só poderão ser atendidos caso as nações se unam para transformar a economia global em uma de crescimento resiliente ao clima e de baixas emissões. O acordo “vai salvar vidas, melhorar o bem-estar humano e promover sociedades pacíficas e estáveis”, afirmou.