Você está aqui

Publicado em: 03/02/2016

Diretora da Opas estipulará relatório aos ministros da saúde sobre a microcefalia e a Zika nas Américas

imprimirimprimir 
  • Facebook
Opas/OMS

A Diretora da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), Carissa F. Etienne, apresentará um relatório aos ministros da saúde dos países da América Latina a respeito do atual estado do surto do vírus Zika e casos de microcefalia, assim como outras complicações que possam estar ligadas à infecção por este vírus. A Diretora fará esta apresentação em uma reunião especial convocada pela Mercosul, no dia 03 de fevereiro, em Montevidéu, Uruguai.

No dia 1º de fevereiro, a Diretora Geral da OMS declarou uma emergência de saúde pública de importância mundial, devido aos aglomerados de casos de microcefalia que foram relatados em áreas do Brasil onde existem focos da Zika.

Atualmente, 26 países e territórios das Américas relataram transmissão autóctone do vírus Zika e existe preocupação com a possibilidade de que apareçam casos de microcefalia e outras complicações em outros países.

Carissa detalhará os esforços realizados feitos até agora pela Opas e seus países membros para detectar e responder com rapidez à disseminação da Zika, também para entender melhor a possível relação entre o vírus, a microcefalia e outras complicações. Também explicará o que implica a declaração da OMS de emergência de saúde pública de importância internacional para as ações dos países e da região.

O chefe da Unidade de Alertas e Respostas Epidemiológica da Opas, Sylvain Aldighieri, também dará um informe aos ministros de saúde sobre a situação epidemiológica da microcefalia e do Zika nas Américas.

Desde outubro de 2015, o Brasil relatou mais de 4 mil casos suspeitos de microcefalia em áreas onde está circulando o vírus da Zika. Em maio de 2015, o Brasil reportou pela primeira vez casos de transmissão autóctone de Zika. Desde então, a Opas/OMS colabora com as autoridades sanitárias brasileiras, mobilizando peritos externos através da Rede Global de Alertas e Respostas a Surtos (GOARN, sua sigla em inglês).

Além disso, a Opas realizou missões técnicas a outros países membros para colaborar na preparação e resposta à Zika, assim como a possível ocorrência de microcefalia. A Opas forneceu diretrizes para a vigilância e o manejo clínico de casos da Zika, a detecção do vírus em laboratório, o controle de vetores, a vigilância da microcefalia e outras síndromes neurológicas e em comunicação de risco. A organização também trabalha com o Ministério da Saúde do Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o CDC dos Estados Unidos e a rede internacional do Instituto Pasteur para promover as investigações necessárias a respeito do vírus Zika e seus efeitos.