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Publicado em: 30/10/2018

Sobe para 8 mil o número de casos confirmados de sarampo nas Américas

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O número de casos confirmados de sarampo na Região das Américas cresceu 22% em um mês, conforme a mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com dados fechados no dia 24 de outubro. Os números são motivo de preocupação, uma vez que o vírus causador do sarampo se espalha muito rapidamente. Por isso, é importante manter e fortalecer as atividades de resposta na Região.

Ao todo, 11 países das Américas notificaram 8.091 casos confirmados de sarampo em 2018: Antígua e Barbuda (1), Argentina (14), Brasil (2.192, incluindo 12 mortes), Canadá (25), Colômbia (129), Equador (19), Estados Unidos (142), Guatemala (1), México (5), Peru (38) e Venezuela (5.525, incluindo 73 óbitos).

Em 24 de setembro, esses mesmos Estados Membros haviam confirmado 6.629 casos. Em 21 de agosto, eram 5.004 casos confirmados. Em 20 de julho, eram 2.472. Em 8 de junho, 1.685. Em 6 de abril, 385.

Para controlar a propagação da doença nas Américas, a Opas recomenda aos países que mantenham a cobertura vacinal em ao menos 95% e fortaleçam a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo.

Além disso, o organismo internacional orienta que, durante surtos, seja estabelecido um manejo correto de casos para evitar a transmissão dentro de serviços de saúde, com um fluxo adequado de pacientes para salas de isolamento (evitando o contato com outros pacientes em salas de espera e/ou locais de internação), assim como a vacinação dos profissionais de saúde.

 

A Opas também tem trabalhado diretamente, inclusive em atividades de campo, com vários dos países afetados. No Brasil, por exemplo, o organismo internacional apoiou as ações, nos estados do Amazonas e Roraima, de vacinação, vigilância, gestão, planejamento, educação, comunicação de risco, resposta rápida, compra de insumos, contratação de vacinadores, aluguel de veículos para transporte de equipes de saúde, entre outros, em coordenação com as autoridades de saúde nacionais, estaduais e municipais.

A Opas também organizou recentemente, junto com o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento de resposta rápida a surtos de sarampo e rubéola para cerca de 70 profissionais das áreas de vigilância epidemiológica, imunização e laboratório dos 27 estados brasileiros.

Além disso, ambas as instituições organizaram com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) três simulados – no Amazonas, Paraná e Ceará – para aperfeiçoar as ações locais de resposta diante de situações de emergência de saúde pública.

A atualização epidemiológica completa pode ser acessada em inglês ou .

Informações essenciais para a população

  • O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Mas pode ser prevenida por duas doses de uma vacina segura e eficaz – três doses em casos de surto –, que devem ser administradas conforme o calendário nacional de vacinação de cada país.
  • O vírus causador do sarampo é espalhado por tosse e espirros, contato pessoal próximo ou contato direto com secreções nasais ou da garganta.
  • Entre os sintomas estão erupção cutânea (vermelhidão na pele), febre, nariz escorrendo, olhos vermelhos e tosse. Dentre as complicações mais graves estão cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode provocar desidratação), infecções no ouvido ou infecções respiratórias graves, como pneumonia.
  • Pessoas com sinais de sarampo devem ser levadas para um centro de saúde imediatamente.
  • O vírus permanece ativo e contagioso no ar ou em superfícies infectadas por até duas horas e pode ser transmitido por uma pessoa infectada a partir de quatro a seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento de erupções cutâneas (vermelhidão na pele).
  • No Brasil, quando a pessoa for se vacinar é importante levar junto o próprio cartão de vacinação e o de seus filhos. Assim, os profissionais de saúde poderão ver se serão necessárias outras vacinas. Se a pessoa não tiver o cartão de vacinação, as vacinas também estarão disponíveis para ela. Mas é importante que se lembre de guardá-lo da próxima vez.
  • Às vezes, leve inchaço e vermelhidão podem ocorrer no local da injeção da vacina. Isso não deve ser motivo de preocupação e, normalmente, desaparece com compressas mornas e paracetamol.

Fotos/Ilustrações: 

Opas/OMS