As escolas de formação de técnicos de saúde (EFTS) de Angola enquadram-se no âmbito da reforma do ensino técnico profissional e foram criadas na ocasião da reforma do ensino técnico profissional através do Decreto Executivo Conjunto dos ministérios da Educação, Saúde e Administração do Território Nº 91/12 de 29 de fevereiro de 2012. As EFTS têm autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira.

Por meio do Decreto Executivo Conjunto MED/MINSA Nº 97/11 de 21 de julho foram instituídos 12 cursos pelas referidas escolas. Estes contemplam as áreas de análises clínicas, anatomia patológica, cardiopneumologia, dietética, enfermagem, estomatologia, farmácia, fisioterapia, ortótica, ortoprotesia, radiologia e saúde ambiental.

Sob tutela metodológica dos ministérios da Educação e Saúde e administrativa dos governos das províncias, as EFTS oferecem os seguintes cursos: médio técnico, promoção de auxiliares para técnicos médios, especialização e ação de formação contínua para técnicos.

EFTS – Luanda

A atual Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda é herdeira das Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde e Assistência do Ultramar. Com o desenvolvimento dos Serviços de Saúde e Assistência do Ultramar, é transferida do Hospital Maria Pia para a instituição anexa ao hospital e situada na rua do Samba, nº 13, concebida pela Calouste Gulbenkian é inaugurada em 7 de setembro de 1967, com a denominação de Escola Técnica dos Serviços de Saúde. No decurso da transição pós-colonial – independência, a instituição passou a se chamar Escola Técnica Provincial de Saúde de Luanda, continuando a desenvolver o processo de formação nas diferentes áreas do saber na saúde. A instituição pertence ao Ministério da Saúde e sua criação está inserida no projeto de reformas do ensino em saúde, denominado pelo Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos – 1997/2007. Esse projeto visa à criação de cinco escolas do gênero, em abrangência nacional.

Desde 2004, a EFTS – Luanda está autorizada a promover cursos intermediários por dois anos letivos seguidos de um período de estágio. A integração destes cursos no ensino técnico-profissional de Angola, de acordo com a nova Lei da Reforma Curricular, Lei nº 13/01, de 31 de dezembro, no contexto da Formação Intermédia para a profissionalização de candidatos com a 12ª classe do ensino secundário geral, surge como fundamentação básica para a inserção destes no ensino superior.