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Publicado em: 28/01/2016

OMS convoca um Comitê Internacional de Regulamento Sanitário de Emergência sobre o vírus Zika e observa aumento nas doenças neurológicas e malformações neonatais

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ONU BR

A Diretora Geral da OMS, Margaret Chan, convocará um Comitê Internacional de Regulamento Sanitário de Emergência sobre o vírus Zika, que se reunirá no dia 1º de fevereiro, em Genebra, para verificar se o surto constitui uma Emergência de Saúde Publica de Importância Internacional. As decisões relacionadas à adesão do Comitê serão publicadas no site da OMS.

Surto nas Américas

Em maio de 2015, o Brasil registrou o seu primeiro caso da doença do Zika vírus. Desde então, a doença se espalhou no Brasil e em outros 22 países e territórios da região.

A chegada do vírus em alguns países das Américas, principalmente no Brasil, tem sido associada ao aumento acentuado do nascimento de bebês com microcefalia e à Síndrome de Guillain-Barré, uma doença mal compreendida na qual o sistema imunológico ataca o sistema nervoso, resultando em paralisia.

A relação causal entre a infecção pelo vírus da Zika, a microcefalia e a síndrome neurológica não foi estabelecida, mas há uma forte suspeita.

Ação da OMS

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) tem trabalhado estreitamente com os países afetados desde maio de 2015. A Opas mobilizou funcionários e membros do Global Outbreak and Response Network (GOARN) para ajudar os ministérios da saúde no reforço das suas capacidades para detectar a chegada e circulação do vírus Zika através de ensaios laboratoriais e comunicação rápida. O objetivo é assegurar o diagnóstico clínico e preciso aos pacientes, para controlar a propagação do vírus e o mosquito responsável por transmiti-lo e promover a prevenção, principalmente por meio do controle do mosquito.

A Organização está apoiando a ampliação e o fortalecimento dos sistemas de vigilância em países que têm relatado casos de Zika, microcefalia e outras condições neurológicas que podem estar associadas ao vírus. A vigilância também tem aumentado nos países onde o vírus pode se espalhar. Nas próximas semanas, a Organização convocará especialistas para abordar lacunas críticas dos conhecimentos científicos sobre o vírus e seus efeitos em fetos, crianças e adultos.

A OMS também priorizará o desenvolvimento de vacinas e novas ferramentas para controlar a população de mosquitos, bem como melhorar os testes de diagnóstico.