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Publicado em: 24/02/2015

OMS pede aos governos aumento de investimentos para enfrentar as doenças tropicais negligênciadas

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(OPS/OMS)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que os países afetados por 17 doenças tropicais negligenciadas aumentem seus investimentos financeiros no combate a essas enfermidades, uma ação que poderia beneficiar diretamente a saúde e o bem-estar de mais de 1,5 bilhão de pessoas. Ao aumentar o investimento em apenas 0,1% dos gastos domésticos em saúde, governos de países de baixa e média renda podem evitar a prevenção de doenças como leishmaniose, hanseníase, doença de chagas, dengue, raiva, entre outras.

Nas Américas, mais de 100 milhões de pessoas sofrem de alguma doença infecciosa negligenciada.  Segundo a diretora da OMS, Margaret Chan, esses investimentos ajudariam a “aliviar a miséria, distribuir os ganhos econômicos de forma mais igualitária e tirar muitas pessoas da pobreza.”

O recém-lançado relatório da OMS, "Investir para superar o impacto das doenças tropicais negligenciadas" ("Investing to overcome the global impact of neglected tropical diseases"), destaca algumas ações necessárias para diminuir o número de tratamentos e promover a redução e eliminação dessas doenças, que afetam principalmente as populações mais pobres e vulneráveis, como o acesso universal ao setor de saúde e investimentos em água e saneamento.

"Estas doenças podem ser eliminadas e muitas podem ser combatidas com ações integrais de muito baixo custo", assinalou Marcos Espinal, Diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Analises da Saúde da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), sede regional das OMS para as Américas.

De acordo com o Conselheiro Principal de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas da OPAS, Luis Gerardo Castellanos, dois fatores devem ser considerados. "O compromisso sustentado e investimento financeiro por parte dos governos da região, juntamente com o apoio de outras instituições e parceiros internacionais, ainda é necessário para controlar e eliminar essas doenças", disse.