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Publicado em: 28/04/2015

PRAZO PRORROGADO: RETS convida instituições para participarem de pesquisa multicêntrica

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A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), atual Secretaria Executiva da RETS, anuncia o início dos trabalhos para a realização de uma pesquisa multicêntrica internacional que identifique e analise a oferta quantitativa e qualitativa de formação de trabalhadores técnicos em saúde em diferentes países. Os convites já estão sendo enviados para as instituições que integram a Rede, mas outras instituições de ensino e pesquisa também poderão participar desde que atendam aos requisitos estabelecidos e enviem até o dia 15 de maio de 2015 o ‘Formulário de interesse para participação na Pesquisa Multicêntrica’ devidamente preenchido. Para participar, a instituição deve ter experiência de trabalho, pesquisa com outras instituições nacionais (outras Escolas formadoras ou Universidades, Ministério de Saúde, Ministério de Educação etc.); infraestrutura de apoio administrativo para dar suporte às atividades de pesquisa e comunicação nacional e internacional; e disponibilidade para absorver eventuais custos nacionais da pesquisa.

Podem participar instituições que contem com uma equipe de pesquisa capaz de desenvolver isoladamente ou em parceria com pesquisadores de outras instituições o estudo no âmbito nacional. No caso da formação de parcerias, as diferentes equipes devem trabalhar de forma articulada, indicando uma instituição como coordenadora nacional ou regional. As instituições podem aderir a todo processo da pesquisa ou apenas uma de suas fases (quantitativa e qualitativa).

A partir de maio, serão definidas as equipes nacionais e serão previstas discussões específicas sobre a realização da pesquisa em cada país, a partir de seu Projeto Básico

A pesquisa se enquadra no objetivo da RETS de produzir, sistematizar e divulgar conhecimentos que possam apoiar a elaboração de políticas, programas, planos e projetos de cooperação internacional, bem como fortalecer os sistemas nacionais de saúde. Além disso, busca, em alguma medida, retomar a própria  origem da Rede, criada para tentar reverter o quadro negativo identificado na área de formação e trabalho dos técnicos em saúde por uma pesquisa multicêntrica, realizada em 1996, por instituições de 16 países das Américas, sob coordenação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Os formulários devidamente preenchidos, bem como dúvidas sobre o procedimento ou sobre os documentos, devem ser enviados para o e-mail da RETS (rets@fiocruz.br), com cópia para Roberta de Freitas Campos (roberta.freitas@fiocruz.br), que está responsável pelo processo. 

Esse estudo multicêntrico se baseia no projeto MERCOSUL, uma pesquisa realizada em conjunto por instituições no Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Leia mais sobre o tema:

2 Comentários

Esta pesquisa tem um equivoco

Esta pesquisa tem um equivoco de base. No Brasil, temos os profissionais de nível técnico e de nível superior. Vcs estão colocando todos no mesmo patamar de conhecimento, de responsabilidade e de competencia???

A RETS é uma Rede

A RETS é uma Rede Internacional Educação de Técnicos em Saúde e a definição e o nível de escolaridade dos técnicos em saúde é bastante específica nos países. No Brasil, o chamado técnico em saúde é um profissional de nível médio, o que não ocorre em Portugal, por exemplo, onde os técnicos são de nível superior, podendo fazer mestrado e mesmo doutorado. O mesmo também ocorre no Uruguai onde os técnicos são formados pela Universidade da República (Udelar). Quanto ao grau de competência e de responsabilidade, isso também varia muito de país para país e, com base numa pesquisa semelhante já realizada nos países do Mercosul, é possível observar que, muitas vezes o grau de competência e conhecimento de um técnico de nível médio no Brasil é equivalente ao de um técnico de nível superior em outro país. Para evitar as especificidades nacionais que impediriam qualquer possibilidade de haver cooperação nessa área, no âmbito da RETS, o trabalho técnico em saúde é considerado como todo aquele realizado pelo conjunto de trabalhadores que exercem atividades técnico-científicas no setor e compreende desde as atividades de natureza mais simples, realizadas pelos auxiliares e agentes comunitários de saúde, até as de natureza mais complexa, realizadas por técnicos de nível superior. Essa definição, que não está associada apenas ao grau de escolaridade desses trabalhadores ou à posição hierárquica que eles ocupam no espaço funcional, é fundamental para possibilitar o trabalho conjunto e a troca de experiência entre instituições de países com realidades bastante diversas no que se refere à nomenclatura das profissões técnicas, às funções que esses trabalhadores desempenham, aos saberes que devem adquirir em sua formação para poder exercer com competência as funções que estão sob sua responsabilidade, ao nível escolar em que estão inseridos e ao título que recebem ao se formarem. Quanto à questão da responsabilidade sobre a saúde da população, é importante lembrar que, em muitas regiões do mundo, onde não há médicos disponíveis, muitas vidas são salvas por técnicos, até mesmo de nível médio de formação. Nas equipes multidisciplinares, por sua vez, todos os profissionais têm responsabilidade compartilhada sobre a saúde dos usuários do sistema. Fora isso, todos são profissionais que, em medidas distintas, porém igualmente importantes, devem zelar pela qualidade dos serviços prestados à população e pelo aprimoramente contínuo dos sistemas nacionais de saúde. É preciso ter em mente que a importância dos trabalhadores técnicos em saúde (de todos os níveis de formação) nas ações curativas e preventivas e sua crescente responsabilidade no âmbito dos sistemas de saúde, nos quais representam um contingente expressivo da força de trabalho. Por sua vez, também é preciso ter consciência que o sentido real da palavra 'técnico' varia de acordo com os contextos social, político, econômico e cultural que definem os diferentes sistemas educacionais nacionais, bem como com as características que o trabalho em saúde assume em cada caso. Ao longo do tempo, cada país promoveu a formação de auxiliares e técnicos de acordo com suas necessidades específicas, nomeando-os também de forma peculiar. O resultado é que: se considerarmos o conjunto de países, encontraremos titulações distintas para profissionais com formação similar ou ainda uma mesma denominação aplicada a profissionais com diferentes formações e atribuições. Por conta da grande fragmentação de critérios e conceitos referentes à formação e ao trabalho dos técnicos em saúde, ainda não foi possível se estabelecer um conceito relativamente homogêneo do termo.

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