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Publicado em: 01/04/2019

Saúde Universal: para todas e todos, em todos os lugares | Dia Mundial da Saúde 2019

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Rafaela de Oliveira

O Dia Mundial da Saúde é celebrado em todo 7 de abril, e, neste ano, marca o fim das comemorações do 70º aniversário da Organização Mundial de Saúde (OMS). Na região das Américas, estas celebrações foram enquadradas sob o tema "Saúde universal: para todas e todos, em todos os lugares".  O objetivo do lema 'saúde universal' é garantir que todas as pessoas tenham acesso, sem discriminação, a serviços integrais de qualidade, sem enfrentar dificuldades financeiras. Para alcança-lo, é necessário definir e implementar políticas e ações com enfoque multissetorial para abordar os determinantes sociais da saúde e promover o comprometimento de toda a sociedade com a saúde e o bem-estar.  Portanto, a saúde universal não diz respeito apenas a garantir que todos estejam cobertos, mas que todos tenham acesso a cuidados quando precisarem, onde quer que estejam.

A data é comemorada após a Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde de 2018, em Astana, e antes da reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Cobertura Universal de Saúde, que acontecerá em Nova York em setembro de 2019. Ambos os eventos representam visam debater estratégias com foco no papel fundamental da atenção primária à saúde (APS) para avançar rumo à saúde universal. Nas Américas, esta campanha está focada na equidade e na solidariedade, abordando as barreiras ao acesso à saúde e aos serviços de saúde.

Saúde universal: a sociedade unida para garantir saúde para todos

Como expressão da 'Saúde para Todos' no século XXI, para alcançar a cobertura universal, é preciso envolver os setores da sociedade a fim de combater a pobreza, a injustiça social, as lacunas educacionais e as condições precárias de vida, entre outros fatores. Nesse contexto, todos têm um papel a desempenhar como, por exemplo, estimular debates e contribuir para o diálogo sobre políticas públicas de saúde. 

Tomadores de decisão podem:

  • Participar em debates estruturados com diversos atores da comunidade que se veem afetados e são essenciais para garantir a saúde universal;
  • Ouvir as demandas, opiniões e expectativas da população em assuntos relacionados à saúde universal, a fim de melhorar as respostas políticas. É possível, por exemplo, consultar a população com pesquisas;
  • Colaborar com organizações comunitárias e defender a saúde universal para explorar soluções viáveis.

Profissionais de saúde podem:

  • Discutir políticas intersetoriais para garantir a disponibilidade, acessibilidade, relevância e competência dos recursos humanos para a saúde universal;
  • Discutir as necessidades de equipes de trabalho interprofissionais, preparadas e motivadas, para atender às necessidades de saúde das pessoas, onde quer que elas vivam;
  • Levantar vozes para que os trabalhadores de saúde possam ter um emprego estável e decente, pois isso fortalece tanto o sistema de saúde quanto o desenvolvimento sócio-econômico do país;
  • Criar movimentos que promovam acordos de alto nível entre os setores da educação e de saúde, a fim de alcançar padrões de qualidade na formação de profissionais de saúde, com base nas necessidades específicas da comunidade;
  • Defender que a perspectiva de gênero seja incorporada nos novos modelos organizacionais e na contratação nos serviços de saúde.

Pessoas e comunidades podem:

  • Exercer o direito à saúde e organizar movimentos nacionais em direção à saúde universal;
  • Comunicar as necessidades, opiniões e expectativas a formuladores de políticas públicas, políticos locais, ministros e outros representantes da população;
  • Fazer-se ouvir por meio das mídias sociais para garantir que as necessidades de saúde da comunidade – e outras necessidades – sejam levadas em consideração e priorizadas em nível local;
  • Convidar organizações da sociedade civil a ajudar para que as necessidades da comunidade sejam de conhecimento dos formuladores de políticas;
  • Compartilhar experiências com a mídia;
  • Organizar atividades como fóruns de discussão, debates sobre políticas, concertos, marchas e entrevistas para proporcionar às pessoas a oportunidade de interagir com representantes sobre o tema da saúde universal por meio das mídias;
  • Advogar para que os governos implementem estratégias que motivem as equipes de saúde, com incentivo econômico, desenvolvimento profissional e medidas de qualidade de vida para mobilizá-los a permanecer em áreas remotas e negligenciadas.

Os meios de comunicação, como agentes fundamentais, podem:

  • Destacar iniciativas e intervenções que ajudem a melhorar o acesso a serviços de qualidade e de proteção financeira para pessoas e comunidades;
  • Mostrar o difícil acesso aos serviços de saúde dos quais as pessoas precisam;
  • Responsabilizar formuladores de políticas e políticos em relação aos compromissos que assumiram com a saúde universal, enfocando pontos fortes, pontos fracos e novos desafios a serem enfrentados (como o aumento das doenças crônicas não transmissíveis ou o envelhecimento da população);
  • Criar plataformas de diálogo entre beneficiários, comunidades, seus representantes políticos e formuladores de políticas, por meio de debates, entrevistas e programas de rádio, por exemplo.

Fotos/Ilustrações: 

OPAS/OMS

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