Você está aqui

Chikungunya

Atualizado: 28/06/2022
imprimirimprimir 
  • Facebook

OMS


Key facts

  • Chikungunya é uma doença viral transmitida a humanos por mosquitos infectados. Causa febre e dor severa nas articulações. Outros sintomas incluem dores musculares, dor de cabeça, náusea,fadiga e erupção cutânea.
  • As dores musculares é, muitas vezes, debilitante e pode variar em sua duração.
  • A doença compartilha alguns sintomas com a dengue e pode ser diagnosticada erroneamente em áreas onde a dengue é comum.
  • Não há cura para a doença. O tratamento é focado em aliviar os sintomas.
  • A proximidade dos locais de reprodução do mosquito da habitação de humanos é um fator de risco significativo para a chikungunya.
  • A doença ocorre na África, Ásia e no subcontinente da Índia. Nas últimas décadas, os mosquitos vetores de chikungunya se espalharam pela Europa e Américas. Em 2007, a transmissão da doença foi reportada pela primeira vez em um surto localizado no nordeste da Itália. Os surtos, desde então, foram registrados na França e na Croácia.

Chikungunya é uma doença transmitida por mosquitos, primeiramente descrita durante um surto no sudeste da Tanzania em 1952. É um vírus RNA que pertence ao gênero alfavírus, da família Togaviridae. O nome chikungunya deriva de uma palavra da linguagem Kimakonde, que significa 'se tornar deformado' e descreve a aparência curva das vítimas com dores nas articulações (artralgia).

Sinais e sintomas

A Chikungunya é caracterizada pelo início bruto de uma febre, frequentemente acompanhada por dores nas articulações. Outros sintomas comuns incluem dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga e erupção cutânea. A dor nas articulações é extremamente debilitante, mas normalmente dura alguns dias ou pode ser prolongada por semanas. Consequentemente, o vírus pode causar doença aguda, subaguda ou crônica.

A maioria dos pacientes se recuperam inteiramente, mas em alguns casos, a dor nas articulações pode persistir por meses ou até anos. Causas ocasionais de complicações neurológicas, cardiácas e oculares foram reportadas, assim como a queixas gastrointestinais. Complicações sérias não são comuns, mas nas pessoas mais velhas, a doença pode contribuir para a causa da morte. Os sintomas frequentes em indivíduos infectados são suaves e a infecção pode ser irreconhecida ou diagnosticada erroneamente em áreas onde ocorre a dengue.

Transmissão

A Chikungunya foi identificada em mais de 60 países na Ásia, África, Europa e Américas.

O vírus é transmitido de pessoa a pessoa através das picadas de mosquitos fêmeas infectadas. Mais comumente, os mosquitos envolvidos são os Aedes aegypti e o Aedes albopictus, duas espécies que também podem transmitir outros vírus, incluindo a dengue. Esses mosquitos podem ser encontrados picando durante o dia, embora haja picos de atividade de manhã cedo e no fim da tarde. Ambas as espécies são encontradas externamente, mas o Aedes aegypti também se alimentam prontamente dentro das casas.

Após a picada do mosquito infectado, o início da doença ocorre entre 4 a 8 dias, mas pode variar de 2 a 12 dias.

Diagnóstico

Métodos severos podem ser usados para o diagnóstico. Os testes serológicos, tais como ensaios de imunoabsorção enzimática (ELISA), podem confirmar a presença de anticorpos IgM e IgC anti-chikungunya. Os níveis do anticorpo IgM são maiores entre 3 a 5 semanas após o início da doença e persiste por dois meses. Amostras coletadas durante a primeira semana após o início dos sintomas devem ser testados por ambos os métodos serológicos e virológicos (RT-PCR).

O vírus pode ser isolado do sangue durante os primeiros dias de infecção. VThe virus may be isolated from the blood during the first few days of infection. Vários métodos de reação em cadeia da polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR) estão disponíveis, mas são de sensibilidade variável. Alguns são adequados em diagnósticos clínicos. Produtos RT-PCR de amostras clínicas podem também ser usados para a genotipagem do vírus, permitindo comparações com amostras do vírus de várias fontes geográficas.

Tratamento

Não há remédio antiviral específico para a chikungunya. O tratamento é direcionado primeiramente ao alívio dos sintomas, incluindo as dores nas articulações usando antipiréticos, analgésicos e fluídos. Não há vacina comercial da chikungunya.

Prevenção e controle

A proximidade de locais de reprodução do mosquito vetor da habitação humana é um fator de risco significativo para a chikungunya, assim como para outras doenças que essas espécies transmitem. A prevenção e o controle baseia-se fortemente na redução dos números dos habitats em recipientes com água naturais ou artificiais que podem auxiliar na reprodução do mosquito. Isso requer mobilização das comunidades afetadas. Durante os surtos, inseticidas podem ser usados para matar mosquitos voadores, aplicados na superfície dentro e ao redor dos recipientes onde os mosquitos ficam, e usados para matar as larvas imaturas.

Para a proteção durante os surtos de chikungunya, roupas que possam diminuir a exposição da pele às picadas de mosquitos são recomendadas. Repelentes podem ser aplicados à pele exposta ou na roupa, de acordo com as instruções do rótulo do produto. Repelentes devem conter DEET, IR3535 ou icaridina. Para os que dormem durante o dia, principalmente crianças ou pessoas doentes ou idosos, devem se proteger com mosquiteiros tratados com inseticidas. Bobinas de mosquito ou outros vaporizadores de inseticida podem também reduzir as picadas dentro de casa.

Precauções básicas devem ser tomadas por pessoas que viajam para áreas de risco, e estas incluem o uso de repelentes, mangas compridas e calças, assim como assegurar que janelas dos quartos estejam equipados com telas que evitam que os mosquitos entrem.

Disease outbreaks

Chikungunya occurs in Africa, Asia and the Indian subcontinent. Human infections in Africa have been at relatively low levels for a number of years, but in 1999–2000 there was a large outbreak in the Democratic Republic of the Congo, and in 2007 there was an outbreak in Gabon.

Starting in February 2005, a major outbreak of chikungunya occurred in islands of the Indian Ocean. A large number of imported cases in Europe were associated with this outbreak, mostly in 2006 when the Indian Ocean epidemic was at its peak. A large outbreak of chikungunya in India occurred in 2006 and 2007. Several other countries in South-East Asia were also affected. Since 2005, India, Indonesia, Maldives, Myanmar and Thailand have reported over 1.9 million cases. In 2007 transmission was reported for the first time in Europe, in a localized outbreak in north-eastern Italy. There were 197 cases recorded during this outbreak and it confirmed that mosquito-borne outbreaks by Ae. Albopictus are plausible in Europe.

In December 2013, France reported 2 laboratory-confirmed autochthonous cases in the French part of the Caribbean island of St Martin. Since then, local transmission has been confirmed in over 43 countries and territories in the WHO Region of the Americas. This is the first documented outbreak of chikungunya with autochthonous transmission in the Americas. As of April 2015, over 1 379 788 suspected cases of Chikungunya have been recorded in the Caribbean islands, Latin American countries, and the United States of America. 191 deaths have also been attributed to this disease during the same period. Canada, Mexico and USA have also recorded imported cases.

On 21 October 2014, France confirmed 4 cases of locally-acquired chikungunya infection in Montpellier, France. In late 2014, outbreaks were reported in the Pacific islands. Currently chikungunya outbreak is ongoing in Cook Islands and Marshall Islands, while the number of cases in American Samoa, French Polynesia, Kiribati and Samoa has reduced. WHO responded to small outbreaks of chikungunya in late 2015 in the city of Dakar, Senegal, and the state of Punjab, India.

In the Americas in 2015, 693 489 suspected cases and 37480 confirmed cases of chikungunya were reportedto the Pan American Health Organization (PAHO) regional office, of which Colombia bore the biggest burden with 356 079 suspected cases. This was less than in 2014 when more than 1 million suspected cases were reported in the same region.

The decreasing trend continues in 2016, with about 31 000 cases reported to PAHO as of 18 March 2016, representing a 5-fold decrease compared to the same period in 2015. Despite this trend, chikungunya remains a threat for the region with Argentina recently reporting its first chikungunya outbreak.

More about disease vectors

Both Ae. aegypti and Ae. albopictus have been implicated in large outbreaks of chikungunya. Whereas Ae. aegypti is confined within the tropics and sub-tropics, Ae. albopictus also occurs in temperate and even cold temperate regions. In recent decades Ae. albopictus has spread from Asia to become established in areas of Africa, Europe and the Americas.

The species Ae. albopictus thrives in a wider range of water-filled breeding sites than Ae. aegypti, including coconut husks, cocoa pods, bamboo stumps, tree holes and rock pools, in addition to artificial containers such as vehicle tyres and saucers beneath plant pots. This diversity of habitats explains the abundance of Ae. albopictus in rural as well as peri-urban areas and shady city parks.

Ae. aegypti is more closely associated with human habitation and uses indoor breeding sites, including flower vases, water storage vessels and concrete water tanks in bathrooms, as well as the same artificial outdoor habitats as Ae. albopictus.

In Africa several other mosquito vectors have been implicated in disease transmission, including species of the A. furcifer-taylori group and A. luteocephalus. There is evidence that some animals, including non-primates, rodents, birds and small mammals, may act as reservoirs.

WHO response

WHO responds to chikungunya by:

  • formulating evidence-based outbreak management plans;
  • providing technical support and guidance to countries for the effective management of cases and outbreaks;
  • supporting countries to improve their reporting systems;
  • providing training on clinical management, diagnosis and vector control at the regional level with some of its collaborating centres; and
  • publishing guidelines and handbooks on case management and vector control for Member States.

WHO encourages countries to develop and maintain the capacity to detect and confirm cases, manage patients and implement social communication strategies to reduce the presence of the mosquito vectors.