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Microcefalia

Atualizado: 28/06/2022
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OMS


Fatos principais

  • A microcefalia é uma condição em que um bebê nasce com uma cabeça menor que o normal ou quando a cabeça para de crescer após o nascimento.
  • A microcefalia é uma condição rara. Um bebê entre milhares nasce com microcefalia.
  • O jeito mais confiável de saber se um bebê tem microcefalia é medir a circunferência da sua cabeça 24 horas após o parto, comparar o valor com os padrões estabelecidos pela OMS e continuar a medir a taxa de crescimento da cabeça na primeira infância.
  • Bebês nascidos com microcefalia podem desenvolver convulsões e sofrer deficiências físicas e de aprendizado conforme crescem.
  • Não há testes específicos para determinar se um bebê nascerá com microcefalia, mas exames de ultrassonografia no terceiro trimestre da gravidez podem, às vezes, identificar o problema.
  • Não há tratamento específico para a microcefalia.

Introdução

A microcefalia é uma malformação neonatal definida como o tamanho da cabeça muito menor em comparação com outros bebês da mesma idade e sexo. Se combinada com o crescimento insuficiente do cérebro, os bebês com microcefalia podem desenvolver deficiências de desenvolvimento. A gravidade da microcefalia varia de leve a grave.

Alcance do problema

A microcefalia é uma condição rara. A estimativa de incidência relatada da microcefalia tem grande variação devido às diferenças na definição e no público alvo. Embora não esteja provada, os pesquisadores estão estudando uma possível ligação entre o surto de casos de microcefalia com a infecção pelo vírus Zika.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da microcefalia às vezes pode ser feito por ultrassom fetal. As ultrassonografias têm a melhor possibilidade de diagnóstico, se forem feitas no final do segundo trimestre, por volta de 28 semanas ou no terceiro trimestre da gravidez. Muitas vezes, o diagnóstico é feito no momento do nascimento ou numa fase posterior.

Os bebês devem ter sua circunferência da cabeça medida pelo menos 24 horas após o nascimento e comparada com os padrões de crescimento da OMS. O resultado será interpretado em relação à idade gestacional do bebê e também ao peso e ao comprimento. Os casos suspeitos devem ser avaliados por um pediatra, com exames de imagem do cérebro e medidas da circunferência da cabeça comparadas aos padrões de crescimento em intervalos mensais no início da infância. Os médicos devem também testar as causas conhecidas de microcefalia.

Causas da microcefalia

Há muitas causas potenciais causas para a microcefalia, mas às vezes a causa permanece ainda desconhecida. As causas mais comuns incluem:

  • Infecções no útero: toxoplasmose (causada por um parasita encontrado em carne mal cozida), rubéola, herpes, sífilis, citomegalovirus e o HIV.
  • Exposição a substâncias químicas tóxicas: a exposição materna a metais pesados como arsênio e mercúrio, álcool, radiação e tabagismo.
  • Anormalidades genéticas, como a Síndrome de Down.
  • Desnutrição grave durante a vida fetal.

Sinais e sintomas

Muitos bebês que nascem com microcefalia podem não demonstrar nenhum sintoma no nascimento, mas irão desenvolver epilepsia, paralisia cerebral, dificuldades de aprendizagem, problemas de audição e perda de visão. Em alguns casos, as crianças com microcefalia se desenvolvem com total normalidade.

Tratamento e cuidados

Não há tratamento específico para a microcefalia. Uma equipe multidisciplinar é importante avaliar e cuidar de bebês e crianças com microcefalia. A intervenção precoce com programas de jogos e estimulação podem mostrar impactos positivos no desenvolvimento. O aconselhamento familiar e dar apoio aos pais também é extremamente importante.

Resposta da OMS

A OMS trabalha estreitamente com os países afetados nas Américas na investigação e resposta ao surto desde meados de 2015.

O Quadro de Respostas Estratégico e o Plano de Operações Conjuntas descrevem passos que a OMS está tomando com os parceiros para combater a Zika e potenciais complicações:

  • Trabalhando em estreita colaboração com os países afetados na investigação e combate do surto da Zika e no aumento incomum em casos microcefalia.
  • Reunindo comunidades para comunicar os riscos associados à doença do vírus Zika e como elas podem se proteger.
  • Fornecendo orientação e diminuir o impacto potencial sobre as mulheres em idade fértil e aquelas que estão grávidas, bem como famílias afetadas pelo vírus Zika.
  • Ajudando os países afetados a reforçar os cuidados para as mulheres grávidas e as famílias de crianças nascidas com microcefalia.
  • Investigando o aumento relatado em casos de microcefalia e sua possível associação com a infecção pelo vírus Zika, reunindo especialistas e parceiros.