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Publicado em: 31/07/2018

No Rio, Michelle Bachelet defende que países latino-americanos invistam mais em saúde

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Em visita ao Rio de Janeiro para o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, a ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, pediu na quinta-feira (27) que países da América Latina e Caribe invistam uma porcentagem maior do seu PIB em saúde. Essa é a melhor forma de garantir o acesso e a cobertura universais dos serviços de atendimento, avaliou a ex-chefe do Estado chileno durante a abertura do evento.

Em pronunciamento para mais de 7 mil pessoas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sede do encontro, Bachelet enfatizou também que os determinantes sociais – geográficos, étnicos, renda, entre outros – devem ser considerados na hora de elaborar políticas públicas para os sistemas de saúde.

“Temos que melhorar as condições sociais para que os direitos das pessoas possam ser exercitados. Não para alguns, mas para todos”, defendeu a ex-presidenta, que também é médica-cirurgiã e especialista em pediatria.

Sobre o contexto latino-americano e caribenho, Bachelet disse que “a melhor forma de garantir o acesso e a cobertura universal é investir uma porcentagem maior dos produtos internos brutos dos países em saúde”. Atualmente, Bachelet lidera uma comissão regional de alto nível, criada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para encontrar soluções capazes de ampliar o alcance dos serviços até 2030.

Segundo o representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, a comissão “tem o objetivo de fazer uma análise dos resultados dos 40 anos da Declaração de Alma-Ata sobre a atenção primária à saúde e do desafio de alcançar a saúde universal”.

Bachelet preside também a Aliança para a Saúde da Mãe, do Recém-Nascido e da Criança da Organização Mundial da Saúde (OMS). A especialista assumiu o cargo às vésperas da Assembleia Mundial da Saúde deste ano, realizada em maio, em Genebra. A iniciativa tem mais de 720 organizações participantes, entre instituições acadêmicas e de pesquisa, doadores e fundações, profissionais de saúde, organismos multilaterais, ONGs, países parceiros e setor privado.

 

Fotos/Ilustrações: 

Michelle Bachelet na abertura do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Foto: OPAS/Larissa Domingues