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Publicado em: 16/02/2016

São falsos os boatos que associam vacinas para gestantes à microcefalia

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ONU

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) afirmou nesta segunda-feira (15) que são falsos os boatos associando vacinas para gestantes com microcefalia.

“A vacinação é um ato preventivo de promoção e proteção da saúde, considerado prioritário pela Organização por beneficiar a mãe e o bebê. O Programa Nacional de Imunizações brasileiro segue o conceito de vacinação segura da Opas/OMS, que envolve um conjunto diferenciado de aspectos relacionados ao processo de vacinação”, esclareceu a agência da ONU por meio de um comunicado.

As vacinas que a Organização recomenda para as gestantes e que são oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são seguras e eficazes, acrescentou a nota.

A vacinação contra o tétano neonatal, lembra a Opas/OMS, é feita há muitas décadas no Brasil e foi decisiva para tornar essa doença rara no país. Desde o ano 2000, mais de 22 milhões de doses já foram administradas em gestantes.

Além disso, para reforçar ou complementar o esquema de imunização, foi incluída em 2014 no Calendário Nacional de Vacinação da gestante a vacina contra difteria, tétano e coqueluche (pertussis acelular) – dTPa. O produto é disponibilizado para mulheres grávidas a partir da 27ª semana de gestação e pode ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto, informou a nota.

O objetivo, segundo a Organização, é diminuir a incidência e mortalidade por coqueluche nos recém-nascidos ao permitir a passagem de anticorpos maternos por via transplacentária para o feto, que nos primeiros meses de vida ainda não teve a oportunidade de iniciar e/ou completar o esquema vacinal. Essa vacina é utilizada em cerca de 35 mil postos de vacinação em todo o país. De novembro de 2014 a dezembro de 2015, foram administradas 1,2 milhão de doses em gestantes, segundo a agência da ONU.

A vacina contra a influenza também é recomendada na gestação devido ao risco de complicações causadas por essa doença, principalmente no terceiro trimestre de gestação. “Diversas evidências científicas mostram que a gripe durante a gravidez é mais grave e expõe as mulheres e os recém-nascidos a riscos que podem ser evitados pela vacinação. Desde 2010, já foram administradas mais de 11 milhões de doses nesse grupo”, acrescentou o comunicado.

A vacina contra a rubéola não está no calendário da gestante e, conforme vários estudos internacionais, sua aplicação em mulheres que ainda desconheciam a gravidez não resultou em qualquer consequência negativa para o feto, esclareceu a Opas/OMS.

Desde o ano 2000, o Brasil desenvolve estratégias para chegar à população feminina e a proteger contra rubéola. Mais de 70 milhões de doses já foram administradas em mulheres em idade fértil no país.

Fotos/Ilustrações: 

Agência Brasil / Tânia Rêgo