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Publicado em: 18/05/2017

Último dia de Colóquio tem conversa sobre Internacionalização e Determinantes Sociais da Saúde

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Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz

No último dia do evento, 10 de maio, o primeiro painel teve como tema “Internacionalização e Formação em Saúde Pública: a experiência cubana”, com Ahindris Calzadilla, do Inhem; e Xiomara Martín, da Ensap. O painel foi coordenado pela assessora da Coordenação de Cooperação Internacional da EPSJV, Ingrid Freire.

Ahindris falou sobre os benefícios da internacionalização universitária, que fortalece as universidades, incrementa o conhecimento, melhora a formação profissional e enriquece a formação. Xiomara falou sobre a Escola Latinoamericana de Medicina (Elam), que existe desde 1999. Até 2016, já foram formados 5000 estudantes, de 123 países. O programa é estendido a todos as faculdades de Medicina do país e os egressos atuam em vários países do mundo.

No encerramento do painel, foi apresentado um trecho do documentário “Salud!”, que mostra como funciona o sistema de saúde cubano e a formação em saúde no país. Assista aqui

Ahindris Calzadilla: La formación de médicos para el mundo: Un reto para la formación de formadores

Xiomara Martín: La Internacionalización y la Formacion em Salud Publica. Experiencia Cubana

Assista ao painel: “Internacionalização e Formação em Saúde Pública: a experiência cubana”

 

Determinantes Sociais da Saúde

O último painel do evento teve como tema “Determinantes Sociais da Saúde e a Formação em Saúde Pública”. Guilherme Albuquerque, do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (Nesc), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacou que estar saudável é ter condições de desenvolver toada a potencialidade do gênero humano. “Que a gente mantenha a utopia e permanentemente denuncie essa ordem social que, em ultima instância, determina nossa doença e nossa falta de saúde. Embora reconheçamos as contribuições que ela trouxe, essa sociedade não tolera qualquer planejamento no sentido de atender à necessidade humana, é mão do mercado que tem que organizar tudo”, disse Guilherme. Para o professor, é importante que se avance sobre o conceito de Determinantes Sociais da Saúde (DSS). “Não são só os DSS, é também a Determinação Social, que é fundamental para que nós façamos gente que trabalha na saúde pública com capacidade de transformar essa realidade e promover a saúde de forma mais eficiente”, completou.

Adolfo Alvarez Pérez, do Inhem, em Cuba, lembrou que os DSS são as condições sociais em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. “São as causas das causas”, observou ele. Essas condições determinam, entre outras coisas, a desigualdade na organização dos serviços, as diferenças de desenvolvimento entre os territórios, a esperança de vida, mortalidade infantil e outros indicadores, de acordo com as condições de vida e ao acesso aos serviços de saúde de cada população.

Paulo Buss, diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris) da Fiocruz, fez uma relação entre os DSS e a saúde pública. “Os riscos que afetam a saúde e a doença são socialmente produzidos e os conceitos e práticas em saúde pública são
indissociáveis da organização social e do conhecimento de diversos campos”, ressaltou ele. Para Paulo Buss, as práticas de saúde pública dependem do processo saúde-doença e seus DSS. “A saúde pública deve identificar os DSS para organizar as formas de atuar sobre eles”, completou ele.

Guilherme Albuquerque: Os Determinantes Sociais da Saúde e a Formação em Saúde Pública

Adolfo Pérez: La salud y su determinacion social en Cuba. Evidencias y Retos para la formación

Paulo Buss: Determinantes sociais da saúde na formação em saúde pública

Assista ao painel: “Determinantes Sociais da Saúde e a Formação em Saúde Pública”

Assista aos debates do evento

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