ISAGS participa de evento preparatório para 3º "Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local"
A consultora técnica sobre determinação social da saúde e regulação do ISAGS, Alessandra Bortoni Ninis, participou do Fórum Latino-americano e do Caribe de Desenvolvimento Econômico Territorial, que aconteceu em Quito, no Equador, nos dias 18 e 19 de maio. O evento é uma etapa preparatória para o 3º Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que será realizado em Turim, na Itália, em outubro de 2015.
O Fórum foi estruturado em 18 mesas de trabalho sobre diferentes temas relacionados ao desenvolvimento territorial. Neste contexto, a especialista realizou uma apresentação na Mesa 5 do evento, cujo o tema foi “A Rede latino-americana e do Caribe de Vinculação da Universidade e Desenvolvimento Local. A apresentação tratou das ações implementadas pelo Instituto na área de produção e disseminação de conhecimento, assim como na formação de pessoal estratégico. Alessandra destacou o lançamento do livro “Sistemas de Saúde na América do Sul: desafios para a universalidade, a integralidade e a equidade” em 2012, e a realização do curso “Políticas Públicas Intersetoriais e Determinação Social da Saúde”, em meados de 2014/2015.
A abertura do encontro contou com a participação do secretário geral da UNASUL, Ernesto Samper. O dirigente discursou sobre a necessidade de um maior empenho e articulação por parte dos países latino-americanos, para extinguir as práticas colonialistas e desenvolver propostas autônomas de planejamento territorial. Segundo ele, é necessário que as nações rompam com os mecanismos sociais produtores de desigualdade, como o atual modelo de educação, e busquem instituir sistemas fiscais mais progressistas, que estimulem transformações produtivas.
Samper ressaltou o papel das universidades neste processo de autonomia dos países latino-americanos e afirmou que “as universidades são os cérebros da região e fontes propulsoras de desenvolvimento”. Para ele, a universidade é o principal vetor de promoção de identidade, igualdade, competitividade e mobilidade social. Portanto, “uma educação autônoma significa o passaporte para o pleno desenvolvimento da América Latina”.
No primeiro dia do evento foram discutidas questões referentes ao potencial produtivo, à competitividade, à inclusão social e ao desenvolvimento rural e urbano. Na etapa seguinte, os trabalhos abordaram a governança multinível e as mesas centraram em temas de descentralização, articulação intersetorial, recursos naturais, gestão do conhecimento e o papel das universidades para o fomento do desenvolvimento.