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Publicado em: 10/11/2025

2a Reunião Ordinária da RIETS reforça união entre os membros e define novo plano de trabalho

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Realizada nos dias 9 e 10 de outubro de 2025, a 2ª Reunião Ordinária da Rede Ibero-americana de Educação de Técnicos em Saúde (RIETS) contou com a presença, no Rio de Janeiro, de representantes de instituições de 11 dos 22 países da comunidade – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai –. Além disso vários outros representantes institucionais acompanharam a reunião por meio da ferramenta Zoom, inclusive um representante do México, país que está retornando à rede após um período de afastamento. O Campus Virtual de Saúde Pública, da Organização Pan-Americana da Saúde (CVSP-Opas/OMS) também participou da reunião, sendo representado por seu coordenador, Gabriel Listovsky, e pela consultora Isabel Duré.

No dia 9 de outubro, pela manhã, as atividades ocorreram na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), sede da Secretaria Executiva da Rede, onde todos puderam acompanhar a mesa de abertura do evento e o seminário 'Emergências Climáticas e seus impactos à saúde global, aos sistemas nacionais de saúde e à formação de técnicos'. Ainda na Escola, visitaram a exposição “Poli 40 anos: Memórias e Lutas do Centro de Referência Nacional e Internacional em Educação Profissional em Saúde”, lançada no dia 19 de agosto de 2025, data de aniversário da criação da Escola. 

O coordenador de Cooperação Internacional da EPSJV/Fiocruz, Carlos Eduardo Colpo Batistella, abriu o evento dando boas-vindas a todos os presentes e resgatando um pouco da história da RIETS, a mais jovem das sub-redes da RETS.  “Passados quatro anos da 1ª Reunião Ordinária da Rede Ibero-americana, realizada no dia 4 de março de 2021, essa segunda reunião nos encontra em um novo momento, com as dores e os aprendizados da pandemia de Covid-19 e o mundo mergulhado em novos problemas e questões que nos desafiam enquanto humanidade”, disse Batistella. Ele também reiterou que a missão das redes é fortalecer os sistemas nacionais de Saúde, com base no pressuposto de que a qualificação dos trabalhadores é uma dimensão fundamental para implementação de políticas públicas que atendam às necessidades de saúde da população de cada país membro. 

Em seguida, Batistella compôs a mesa de abertura da Reunião, chamando Julián Yamil Yunez, coordenador do Registro de Redes da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), que participou remotamente; Gabriel Listovsky, chefe do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP - Opas/OMS); Luciana Maria de Sousa, do Departamento de Gestão e Educação na Saúde (Deges)/Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Sgtes), que representou o Ministério da Saúde do Brasil; Eduarda Cesse, vice-presidente adjunta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz; e Anamaria Corbo, diretora da EPSJV.

Mesa de abertura destaca a importância de a formação de técnicos em saúde estar alinhada aos desafios globais que afetam a população mundial e o planeta

“Desde sua criação, a RIETS demonstrou ser um ator fundamental no âmbito ibero-americano da Saúde, que se fortaleceu através da cooperação, do diálogo e da solidariedade para enfrentar os desafios do futuro. Portanto, em nome da nossa equipe, eu queridas dar nossas sinceras felicitações pelo trabalho que vem sendo desenvolvido”, disse Julián Yamil Yunez, que prosseguiu fazendo uma breve apresentação do trabalho realizado pela Segib. “A comunidade ibero-americana é formada por 22 países da América Latina e da Europa unidos pela história, cultura, idiomas, migrações, comércio e investimentos”, explicou.  Segundo ele, essa união considera três princípios fundamentais: a horizontalidade, o consenso e a não exclusão. “Nesse espaço, todos os países participam em condições de completa igualdade, as decisões são adotadas sem oposição de nenhum dos membros e todos têm o direito de participar em todos os níveis de diálogo e discussão”, acrescentou. “Desde o seu processo de institucionalização, em 1991, a comunidade vem se desenvolvendo por meio de várias cúpulas e se consolidando como uma realidade geopolítica no espaço de cooperação reconhecida internacionalmente”, relatou. 

De acordo com Julián, a Segib atua como órgão permanente de apoio técnico, administrativo e institucional da comunidade, tanto no nível político, cuja máxima instância são as Cúpulas de Chefes de Estado e de Governo, realizadas a cada dois anos, quanto no nível operacional, onde busca tornar realidade as decisões políticas por meio do trabalho em rede e da participação da sociedade civil organizada e do setor privado em fóruns e encontros. “Nossa visão é que os resultados são melhores quando trabalhamos todos juntos e a Riets, ao organizar o 1º Encontro Ibero-americano de Educação Baseada em Simulação, consolidou sua liderança e compromisso nesse tema.  Acreditamos que esse modelo de cooperação fortalece a coordenação entre vários atores e agentes, o que pode aumentar a efetividade das políticas públicas, fazendo com que elas sejam realmente adequadas às necessidades das populações”, encerrou.

Gabriel Listovsky iniciou sua fala felicitando a todos em nome de Cristian Morales Fuhrimann, atual representante da Opas no Brasil, que não pode estar presente. “Ele me pediu especialmente que transmitisse a vocês as felicitações tanto pela reunião em si, mas também pela possibilidade de fortalecer a estratégia de cooperação em rede”, disse. “Além disso, eu queria saudá-los em nome do diretor de Sistemas de Saúde e Serviços da Opas, James Fitzgerald, lembrando que o trabalho que nenhum dos serviços de saúde da nossa região poderá superar a multiplicidade de mudanças e desafios que se apresentam sem pensar nos trabalhadores do setor e em sua formação”, completou. 

Gabriel enfatizou a oportunidade de pensar nessa rede e celebrar a visão atenta e estratégica que ela traz sobre os técnicos de saúde: “A rede fortalece a ideia de se pensar no lugar de trabalho desses técnicos, nas oportunidades de formação que eles têm e os nos desafios que enfrentam para poderem atuar como futuros trabalhadores da saúde”. “É muito bom poder estar presente neste momento”, comemorou, desejando uma boa reunião a todos.

Falando em nome do Ministério da Saúde do Brasil, Luciana Maria de Sousa expressou o orgulho de estar participando do evento.  “Nós, no Ministério, temos pensado muito na formação técnica, na força de trabalho dos técnicos em saúde e nos inúmeros desafios que enfrentamos”, iniciou. Ela explicou que, no Brasil, a força de trabalho em saúde é formada por mais de três milhões de profissionais, sendo que cerca de 2,6 milhões atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).  Dos que trabalham no SUS, 40% são técnicos em saúde. Segundo ela, ainda há vários desafios a serem discutidos e enfrentados nesses 35 anos de SUS, sendo que um dos principais diz respeito à formação desses técnicos. “Nossa formação técnica em saúde ainda ocorre majoritariamente em instituições privadas de ensino. Então, temos discutido muito como fortalecer a formação técnica em instituições públicas de ensino e em nossas escolas de saúde do SUS”, afirmou.

“Atualmente, na gestão do ministro Alexandre Padilha, temos realizado a análise da força de trabalho no SUS, a partir de um olhar direcionado para as necessidades da população brasileira, de forma a tentar induzir a formação de técnicos para algumas áreas estratégicas, dentre elas,  a Rede Alyne, de Saúde da Mulher; a oncologia; e a área da saúde bucal”, explicou Luciana,  lembrando ainda que esse movimento também pretende reduzir o tempo de espera da população que busca atendimento no sistema de saúde então. 

De acordo com Luciana, compartilhar as expectativas que existem no Brasil, pode ajudar a pensar o que acontece nos diferentes países com diferentes realidades, mas com a mesma disposição e energia para enfrentar as dificuldades que se apresentam na área de formação de técnicos em saúde. “Por fim, eu gostaria de agradecer pela oportunidade de poder estar junto com vocês e desejar uma reunião bastante proveitosa para a Rede”, finalizou. 

Na fala seguinte, Anamaria Corbo, diretora da EPSJV/Fiocruz, resgatou um pouco da história da RETS, criada em 1996, e da criação das sub-redes: RETS-CPLP, em 2009, e RIETS, em 2021. “A partir de 2005, quando a Opas/OMS solicita que a EPSJV, como Centro Colaborador, assuma a Secretaria Executiva e reative a Rede, bem como busque uma nova configuração que atenda a especificidade de determinados conjunto de países”, explicou. 

Segundo ela, a tarefa de fortalecer a rede é muito importante, uma vez que ela é formada por instituições que, em cada país, promovem a formação dos técnicos em saúde e por órgãos do governo que definem as políticas para o setor.  “Essa rede busca aumentar a capacidade das instituições de formação de técnicos em saúde, especialmente daquelas vinculadas ao setor público, e que buscam garantir o atendimento de todas as necessidades das populações que estão nos territórios nacionais”, reforçou a diretora da EPSJV. 

De acordo com Anamaria, quando a RETS foi criada, em 1996, havia grandes questões a serem respondidas. Quem são esses trabalhadores técnicos? O que eles fazem? Com quem eles trabalham? O que diferencia um trabalhador técnico de um país para o outro? Qual a escolaridade desse trabalhador em cada país? Como é possível a gente desenvolver cooperação nessa área com tanta diversidade?  “Nós temos trabalhado com a concepção ampliada do que a gente chama de técnico em saúde, profissionais que muitas vezes representam a maioria da força de trabalho da saúde nos nossos países, mas que, infelizmente, ainda são invisibilizados quando as grandes estratégias de formação em saúde são construídas”, ressaltou. 

Segundo ela, o desafio que sempre foi colocado para essa rede é como se pode identificar esses trabalhadores e trabalhar junto com eles.  Saber onde estão as corporações e representações desses trabalhadores para saber das suas condições de trabalho. “Nós não podemos falar só da formação, temos que pensar no trabalho que os técnicos realizam e em que condições isso é feito”, enfatizou. “Nós também temos que trazer a população para as nossas discussões a fim de entender suas demandas e trabalhar a formação e o trabalho desses trabalhadores a partir dessas necessidades das populações. Hoje, por exemplo, estamos vivendo uma situação de colapso ambiental. O que podemos fazer, como instituições formadoras, para incorporar a discussão climática na formação dos técnicos?  Qual o nosso papel na discussão das novas tecnologias, da educação baseada em simulação e dos desafios que estão colocados para inteligência artificial?  Que especializações técnicas tendem a desaparecer e que outras carreiras precisam ser criadas?”, perguntou.

Na análise da Anamaria, outro ponto fundamental que não se pode deixar de tratar é o que está acontecendo no mundo hoje em relação por ao financiamento de ações de cooperação internacional. “Como atuar num cenário de crise do multilateralismo e a falta de financiamento, mas, também, da possibilidade de novas pandemias, devidas ao processo de colapso ambiental, e emergências sanitárias?  Como que a gente se prepara para pensar esses processos que ultrapassam as fronteiras nacionais em um mundo onde os organismos supranacionais estão enfraquecidos?”, indagou. “Nós temos acompanhado as negociações de um acordo de paz entre o Hamas e Israel, para dar fim a um genocídio sem precedentes. E isso nos leva a palavra-chave que não nos deixa desistir: esperança”, encerrou Anamaria, desejando a todos um bom trabalho.

Coube à vice-presidente adjunta de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz, Eduarda Ângela Pessoa Cesse, encerrar a mesa de abertura. Segundo ela, a EPSJV acolhe a reunião com muito carinho e afetuosidade, além de ser o lugar ideal para se discutir a formação dos técnicos em saúde. “Não se pode deixar de mencionar a potência de uma rede como em paralelo com a potência e representatividade que a Escola Politécnica tem no âmbito da Fiocruz e do Brasil”, expressou Eduarda. 

Sobre os desafios mencionados anteriormente, ela completou: “Em que lugar precisamos inserir a discussão sobre a formação técnica em saúde? Em todos. Essa discussão tem a ver com a discussão de crise social, política, econômica e climática que estamos vivenciando, enfim, com as discussões de todas as naturezas”, destacou. “Nossa responsabilidade é com a formação de enorme contingente de trabalhadores que ajudam a sustentar nossos sistemas nacionais de saúde e que precisam estar capacitados para atuar com as consequências que todas essa crise global impõe à saúde das pessoas e das populações”, ressaltou.

Eduarda encerrou sua fala, lembrando que a EPSJV tem atuado como um laboratório de experiências e vivências, como um espaço em que jovens adolescentes discutem temas relevantes de todas as ordens. “A escola é palco de muita produção acadêmica e científica que se destaca no âmbito da Fiocruz e da saúde no Brasil e no exterior”, finalizou, desejando, em nome da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, e do presidente da instituição, Mario Moreira, uma reunião de muito sucesso.

Terminadas as falas da mesa de abertura, teve início o Seminário 'Emergências Climáticas e seus impactos à saúde global, aos sistemas nacionais de saúde e à formação de técnicos'.que mostrou que, quando se trata do colapso climático que estanos vivendo, não há mais tempo a perder. Clique aqui e leia matéria sobre o Seminário

Visita mediada à exposição Poli 40 anos encerra a programação da manhã do dia 9

Como diz o catálogo da mostra, a exposição “Poli 40 anos: Memórias e Lutas do Centro de Referência Nacional e Internacional em Educação Profissional em Saúde” conta um pouco dessa história feita de utopia, rebeldia, ousadia, determinação, democracia e participação. Elaborada como parte das comemorações dos 40 anos da Escola, a exposição está organizada em quatro núcleos, aqui denominados “Tempos”, que contam diferentes momentos dessa história: o “Tempo de Lutas Contra-hegemônicas” na década de 1980; o “Tempo de Construção” de 1985 até 2004; o “Tempo de Consolidação”, de 2005 a 2025; e o “Tempo Futuro” de 2025 em diante.

Essa exposição marca o desenvolvimento de um projeto de preservação e salvaguarda das memórias da EPSJV, que buscou identificar os pontos de memória do Poli, tratar, organizar e disponibilizar os acervos que subsidiam a comemoração dos 40 anos. Essa iniciativa é o embrião de um futuro Centro de Memória Trabalho, Educação e Saúde, que se propõe a evidenciar a potência desse campo de saberes e práticas através da recuperação da história e memória, preservação de acervos, patrimônio cultural e divulgação de conhecimento em educação profissional em saúde entre gestores, docentes, discentes e trabalhadores e
trabalhadoras da saúde.

Essas ações se associam à Política de Memória Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a qual se “propõe a orientar as iniciativas que visem a recuperar, registrar, valorizar e difundir a memória da instituição e de suas unidades técnico-científicas e administrativas.

 

 

  

Na parte da tarde: insumos para a elaboração do novo Plano de Trabalho da RIETS

Na parte da tarde do dia 9, já no Hotel Scorial, com transmissão pelo Zoom para membros que não puderam participar presencialmente (ver a Ata da Reunião), foram, foram realizadas três apresentações: ’RIETS e RETS-AL: O que a RETS e a RIETS têm feito? Como podemos melhorar nossas práticas?’, por Helifrancis Condé Groppo Ruela, representando a Secretaria Executiva da Rede; ‘Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/OPS): levando o conhecimento para a prática dos técnicos em saúde’, por Gabriel Listovsky, Coordenador Regional do CVSP,  e Isabel Duré, assessora CVSP, que falou sobre projeto "Fortalecimento da resiliência dos sistemas de saúde: Desenvolvimento de capacidades dos profissionais de saúde que trabalham no primeiro nível de atendimento: técnicos de saúde", da Opa/OMS. e ‘Mapeio dos Técnicos em Saúde que atuam na APS em países da América Latina: resultados preliminares’, por Isabella Koster, (EPSJV/Fiocruz), e Gabriel Muntaabski, do Instituto de Educación Tecnológica  (INET) da Argentina. Após as apresentações, um debate sobre os temas encerrou a agenda do dia.

Helifrancis iniciou sua apresentação, com uma breve explicação da criação da RIETS, como uma sub-rede da RETS e como seu plano de trabalho substitui o Plano de Ações Coordenadas para a Améria Latina, que surgiu quando a RETS-Unasul foi destivada. Ele também fez uma análise das várias ações realizadas pela Rede com base nos planos de trabalho vigentes, apontando os logros alcançados e os pontos que merecem atenção dos membros. "Se não fizemos tudo que estava previsto, podemos ver que o resultado foi bastante positivo. No entanto, precismos investir esforços para ampliação e consolidação da RIETS. Quem sabe pensar uma política ou plano específico para isso? disse. 

Além disso, ele destacou a necessidade de pensar formas de aprimorar a dinâmica da rede, atualizando o Plano de Comunicação para aperfeiçoar a gestão e a governança da RETS e da RIETS. 

Gabriel Listovsky, por sua vez, apresentou o Campus Virtual de Saúde Pública, destacando sua missão, princípios, cursos oferecidos e a importância da formação contínua para profissionais de saúde nas Américas. "O Campus Virtual de Saúde Pública visa desenvolver as capacidades dos trabalhadores de saúde na região das Américas, contribuindo para a transformação dos serviços e práticas de saúde pública nos países. De acordo com Gabriel, o trabalho do Campus tem foco no desenvolvimento de competências e capacidades dos profissionais de saúde. "Os princípios do CVSP estão alinhados aos valores da Opas/OMS: educação permanente em saúde como bem público, recursos abertos e interoperáveis e gestão colaborativa e sustentável", explicou.

De acordo com ele, o CVSP já tem mais de 4 milhões de usuários 4.244.335 e tem traçado estratégias para aumentar a procura por parte dos trabalhadores da saúde e o intresse dos países para trabalhar em conjinto com o CVSP na melhoria da qualidade dos serviçoes oferecidos às populaçãoes. "O CVSP também tem pensado na possibiliade de fazer acordos com instituições de ensino para para o reconhecimento de cursos do campus. Essa oportunidade de reconhecimento de certificados o que é fundamental para os trabalhadores", ressaltou. 

Antes de finalizar, ele ainda enfatizou: a Cooperação Sul-Sul e articulação com políticas de saúde dos países; a diversidade de cursos integrados em itinerários formativos, a compreensão da virtualidade como um território para aprendizado colaborativo, o foco na formação contínua e diálogo com problemas reais dos serviços de saúde e a discussão sobre o uso da Inteligência arificial (IA) na Educação em Saúde, entre outras coisas. 

O documento aborda o fortalecimento da resiliência dos sistemas de saúde por meio do desenvolvimento de capacidades dos profissionais de saúde, com foco na análise do perfil e formação de técnicos de saúde que participam de cursos oferecidos pelo CVSP.
Crescimento dos Técnicos de Saúde no CVSP
O CVSP experimentou um crescimento significativo no número de técnicos de saúde usuários entre 2018 e 2023.

Crescimento total de usuários de 693,71% no período.
Usuários técnicos passaram de 28.163 em 2018 para 340.088 em dezembro de 2023.
Total de usuários do CVSP alcançou 2.179.287, com 5.674.481 matrículas em cursos.

Perfil Educacional dos Usuários
A maioria dos usuários do CVSP possui nível universitário, com uma diversidade de formações.

51,4% dos usuários têm nível universitário.
16,3% são técnicos e 10,3% são estudantes.
Categoria "outros" representa 13,1% dos usuários.

Demografia dos Usuários do CVSP
A demografia dos usuários revela uma predominância de mulheres jovens.

80% dos usuários são do sexo feminino.
66,78% dos usuários têm menos de 40 anos.

Local de Trabalho dos Técnicos de Saúde
A maioria dos técnicos de saúde está empregada em hospitais e centros de saúde.

42,5% trabalham em hospitais.
25% estão em centros de saúde.
25,5% dos usuários têm o local de trabalho "não identificado".

Ocupações dos Usuários Técnicos
Os usuários do CVSP são classificados em diversas ocupações, com predominância em enfermagem.

340.088 usuários únicos com 1.159 denominações diferentes.
78,36% dos usuários são profissionais de enfermagem e de nível médio de enfermagem.

Distribuição Geográfica dos Usuários
O CVSP concentra a maioria dos usuários em oito países da América Latina.

94,22% dos usuários técnicos estão em: México (42,79%), Colômbia (30,02%), e outros países como Equador e Argentina.

Preferências de Cursos dos Técnicos
Os técnicos demonstram preferência por um número limitado de cursos oferecidos pelo CVSP.

8 cursos geram 52,14% das matrículas.
20 cursos representam 69,28% das matrículas totais.

Níveis de Certificação dos Cursos
Os níveis de certificação mostram uma alta taxa de aprovação entre os usuários.

68,7% dos usuários foram aprovados nos cursos, acima da média para cursos autoadministrados.

Reflexões Finais sobre o CVSP
O CVSP se destacou durante a pandemia, com um aumento significativo na demanda e na oferta de cursos.

Predominância feminina e jovem entre os usuários.
Necessidade de investigar fatores que influenciam a demanda e a eficácia dos cursos.

Recomendações para o Futuro do CVSP
Sugestões para melhorar a oferta e a eficácia dos cursos do CVSP.

Classificação de ocupações "outros" para melhor entendimento.
Coleta de informações para reduzir inscrições na categoria "outros".
Pesquisa sobre fatores que aumentam a demanda por cursos.
Fortalecer alianças estratégicas com instituições e governos.