A vigilância do vírus da Zika está se intensificando nas Américas, mas ainda "é difícil definir exatamente a carga da enfermidade na região e qual será o fardo no futuro", destacou Sylvain Aldighieri da Opas/OMS.

Em sua intervenção em uma consulta de especialistas sobre o Zika nas Américas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Aldighieri explicou a estratégia de vigilância integrada da Opas, junto com a necessidade de continuar formando profissionais de saúde a nível primário na identificação e notificação de casos de Zika, além de fortalecer as capacidades dos laboratórios em cada país.

Aldighieri participou de um painel sobre Patogênese, epidemiologia e história natural da Zika na reunião, juntamente com Fernando Bozza, da Fiocruz, Albert I. Ko, da Yale School of Public Health, Pedro Vasconcelos do Instituto Evandro Chagas, Nahida Chakhtoura, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano e Scott Weaver, da Universidade do Texas Medical Branch.

O objetivo da consulta de dois dias é rever as informações atuais sobre a epidemiologia e história natural, incluindo a possível ligação com a microcefalia e malformações fetais, manifestações clínicas, modos de transmissão e patogênese do vírus Zika. Os cientistas também pretendem identificar lacunas críticas no conhecimento, tecnologias, infraestrutura de pesquisa e supervisão regulatória necessária para enfrentar a epidemia atual. Eles também discutem estratégias para acelerar o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e novos métodos de controle de vetores.

A consulta foi aberta por Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde, e Nicole Lurie, Secretária Adjunta de Preparação e Resposta do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Funcionários do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Administração de Alimentos e Drogas e outras agências estão participando.